A Condição Pós-Moderna..-

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Passados praticamente quarenta anos desde seu lançamento, A condição pós-moderna mantém seu poder esclarecedor ao traçar de maneira extremamente nítida e sucinta um panorama das transformações mais profundas que afetam a cultura ocidental no fim do século XX.

 

Obra mais conhecida de Jean-François Lyotard, A condição pós-moderna constrói um arco histórico das transformações estruturais que estende-se entre dois finais de século XX. Neste sentido, o panorama de tendências apontado por Lyotard vinha sendo preparado, no nível das condições básicas de produção de conhecimento e tecnologia, desde os saltos científicos ocorridos já na virada do século XIX para o XX. A estrutura interpretativa trabalhada em A condição pós-moderna é fiel ao essencial da dialética histórica hegeliano-marxista. Ou seja, analisa de que maneira uma sucessão de transformações quantitativas pequenas acaba por determinar um salto qualitativo, uma mudança de época. Do moderno ao pós-moderno.

A presente edição traz uma novidade significativa: Corrige o título, restabelecendo a correspondência estrita com o original. Lyotard escreveu um livro sobre a condição pós-moderna e não sobre o “pós-moderno”. Nos anos 1980, falar em “pós-moderno”, como algo pronto e acabado, era sintoma de um tipo de abordagem fetichista, estilo “nova era”, que ia completamente contra o espírito do texto de Lyotard. O filósofo irritava-se profundamente com esse tipo de apropriação de seu pensamento, bastante comum entre intelectuais “pós-modernistas” norte-americanos. Muito do que Lyotard escreveu depois sobre o tema teve por objetivo demarcar sua própria posição. Ele nunca foi um apologeta da pós-modernidade. Pelo contrário, com o tempo, tornou-se um de seus mais furiosos críticos, no campo das questões estéticas.

Em A condição pós-moderna, Lyotard pretendeu expor, de maneira basicamente descritiva, os pressupostos objetivos que permitiam falar de uma transformação radical na maneira como o saber é produzido, distribuído e principalmente legitimado. Lyotard sempre foi o mais eclético dos filósofos de 1968. mas o que emerge destas páginas, muito além dos criticismos kantiano e marxista, é o ponto de vista cético e pragmático que acabou por dominar boa parte do pensamento ocidental nos últimos anos. Em A condição pós-moderna, tal ponto de vista se traduz na famosa tese do fim das metanarrativas de legitimação do saber e da política, que significa a perda de atração pelos ideais altissonantes da modernidade clássica. A versão lyotardiana do pragmatismo contemporâneo, porém, nada tinha de conformista ou liberal. Ao propor o que chamou de uma agonística geral dos discursos, Lyotard permaneceu fiel a seu passado militante, tanto neste quanto em todos os seus livros.

“Lyotard conclui de maneira premonitória que o saber na sociedade pós-industrial passa a ser o principal ponto de estrangulamento para o desenvolvimento dos países periféricos. Daí se pode supor, ao contrário do que é voz corrente entre nós, que a distância entre os países desenvolvidos e os países em vias de desenvolvimento tende a se alargar mais e mais no futuro. Falar hoje de uma única economia planetária não deixa de ser um modo pouco discreto de legitimar formas múltiplas e até então insuspeitadas de injustiça. Acreditar também que o saber circula em transparência quando movido pelo capital internacional é truísmo desprezível.” – do posfácio de Silviano Santiago

Jean-François Lyotard é um filósofo francês (1924–1998) famoso por teorizar a pós-modernidade. A condição pós-moderna, publicada em 1984, é responsável pela difusão de suas ideias para um grande público. Lyotard analisou a rutura com a modernidade e propôs uma leitura pós-moderna no domínio do conhecimento, da ética, da política e da estética. Publicou cerca de 30 livros sobre filosofia, arte e a sociedade contemporânea. Esteve no Brasil no começo dos anos 1980 para um seminário na USP. Recebeu o Grande Prêmio da Associação de Gente de Letras da França (1996), pelo conjunto de sua obra.

Sobre o autor(a)

Lyotard, Jean-François

Jean-François Lyotard lecionou filosofia no ensino secundário (em Constantina, na Argélia, entre outros) e no superior (Sorbonne, Nanterre, CNRS, Vincennes) por mais de trinta anos. Recebeu o título de agrégé em filosofia em 1958 e o de docteur ès lettres em 1971. Dedicou-se durante longos anos a trabalhos teóricos e práticos no grupo “Socialismo ou Barbárie” e em Pouvoir ouvrier. Em 1979 deu aulas na Universidade de São Paulo. Foi membro do Collège International de Philosophie, professor emérito da Universidade de Paris, professor de francês na Universidade da Califórnia (Irvine). Mudou para a Emory University, Atlanta, em 1995, onde lecionou francês e filosofia. Faleceu em Paris em abril de 1998.
Seus estudos e textos centraram-se sobre as formas do discurso (Discours, figure, 1971), a análise do marxismo (L’économie libidinale, 1974), assim como as relações entre política, economia e psicanálise. Foi um arguto partícipe do debate sobre a pós-modernidade (A condição pós-moderna e O pós-moderno explicado para crianças, 1979).
ISBN 9786558470229
Autores Lyotard, Jean-François (Autor) ; Barbosa, Ricardo Correa (Tradutor)
Editora José Olympio
Idioma Português
Edição 20
Ano de edição 2021
Páginas 176
Acabamento Brochura
Dimensões 21,00 X 13,50
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