Leniza, como a cidade desigual em que habita, é maliciosa e tímida, interesseira e piedosa, amorosa e cruel. Ela vai em busca de seus sonhos, a qualquer custo.
Leniza Máier, cantora de rádio!…
Retrato nos jornais, dinheiro à beça, vestindo fino, comendo bem! Que igual a Carmen Miranda não há, mas Leniza é um encanto, e há tantas piores no rádio... E, assim, sonha alto a moça nascida no Santo Cristo, criada na Saúde, bairros berços do espírito carioca do samba e da ginga. E o caminho dos ambiciosos rumo ao estrelato pedem, justamente, muito jeito e alguma malícia.
A estrela sobe é considerado pela crítica como o romance maduro de Marques Rebelo, escritor, jornalista e grande cronista do Rio de Janeiro dos anos 1930 e 1950. Em seus contos, crônicas e romances, o autor foi responsável por trazer a realidade das classes médias e suburbanas de uma cidade em plena transformação, fim da Primeira República; Era Vargas; industrialização; aceleração urbana; explosão radiofônica; início de uma cultura e um consumo de massa. Com cadência, ritmo e um estilo particular, repleto de coloquialidade, gírias e molejo, Rebelo é quem encanta leitores e leitoras com uma narrativa realista, mas que também ressoa à radionovela — tanto que, em 1974, o livro foi adaptado para o cinema e foi estrelado pela grande atriz Betty Farias.
De acordo com Luiz Antonio Simas, historiador, professor e escritor, que assina o prefácio desta edição, A estrela sobe é, de certa forma, um romance sobre o próprio Rio de Janeiro em que são expostas contradições, amores, violências e fascínios, camadas cheias de tensão e intensidade. E ao lembrar-se de músicas de Noel Rosa, conterrâneo de Marques Rebelo, Simas nos evoca a ler A estrela sobe e ouvir uma voz, como se fosse no calor de agora: “Prazer, sou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas vocês podem me chamar de Leniza Máier”.
"Marques Rebelo (1907-1973), pseudônimo de Eddy Dias da Cruz, nasceu no bairro de Vila Isabel, subúrbio do Rio de Janeiro, cenário constante em sua obra. Dedicou-se ao jornalismo a partir da década de 1920 e foi cronista não só da efervescência da Cidade Maravilhosa, mas também do Brasil e de viagens. Em 1964 foi eleito para a cadeira 9 da Academia Brasileira de Letras. A Editora José Olympio publica sua vasta obra, que inclui Oscarina, Marafa e O trapicheiro.
ISBN | 9786558470465 |
Autor(a) | Rebelo, Marques (Autor) |
Editora | José Olympio |
Idioma | Português |
Grade curricular | Ensino Fundamental II |
Faixa etária | Jovens Adultos (15-21) |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 272 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 20,50 X 13,50 |
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade