Segundo Afrânio Coutinho, “a literatura é uma arte, a arte da palavra, isto é, produto da imaginação criadora”. Com um conhecimento profundo sobre o ofício, Coutinho se tornou um dos maiores contribuidores para a historiografia da literatura brasileira e durante sua trajetória, fez um estudo minucioso sobre o assunto, resultado que pode ser visto na coletânea A literatura no Brasil, dividida em seis volumes – que chega na Global Editora com edições repaginadas e atualizadas. Do romantismo ao realismo brasileiro, Afrânio Coutinho organizou a coletânea de forma que ela ressalte a importância e as características da literatura do nosso país, entendendo como a mesma explora assuntos históricos, dos costumes e das tradições populares, se tornando uma arte madura nos anos 1950 do século XX. Com conteúdos que mesclam a Era Realista e a Era de Transição, o quarto volume tem ensaios sobre “Realismo, naturalismo e parnasianismo” e “A crítica naturalista e positivista”, pelo próprio A. Coutinho; “A ficção naturalista”, por Josué Montello; “A renovação parnasiana na poesia”, por Péricles Eugênio da Silva Ramos; “Machado de Assis”, por Barreto Filho; “Raul Pompeia”, por Eugênio Gomes; “Joaquim Nabuco e Rui Barbosa”, por Luís Viana F. e L. Delgado; “Euclides da Cunha”, por Franklin de Oliveira; “Ciclo nortista”, por Peregrino Jr.; “Ciclo nordestino”, por Aderbal Jurema, entre outros.Os seis volumes são vendidos separadamente, mas também podem ser adquiridos no formato de BOX. Juntos, os livros apresentam os ensaios fundamentais para o mais completo estudo da literatura brasileira, sempre com direção de Afrânio Coutinho e codireção de Eduardo Coutinho, e com uma diversidade de abordagens sobre a nossa literatura dos mais eminentes estudiosos brasileiros.
Sobre o autor(a)
Coutinho, Afrânio
Nasceu em Salvador, BA, em 15 de março de 1911. Formou-se em Medicina em 1931. Não seguiu a carreira, mas exerceu a função de professor do ensino secundário e de bibliotecário até 1942. Após cinco anos nos Estados Unidos, trabalhando como redator-secretário da revista Seleções do Reader’s Digest, foi nomeado professor catedrático de literatura no colégio D. Pedro II. Em 1948, inaugurou, no Suplemento Literário do Diário de Notícias, a Seção Correntes Cruzadas, que manteve até 1961, debatendo problemas de crítica e teoria literária. Em 1940, publicou seu primeiro livro de crítica: A Filosofia de Machado de Assis. Recebeu em 1962 a posse da Cadeira nº33 da Academia Brasileira de Letras. Em 1967, consegue criar a Faculdade de Letras da UFRJ e foi seu primeiro diretor, função que exerceu até 1980, quando se aposentou. Durante a sua vida construiu uma vasta biblioteca particular, que se tornou a base para a criação, em 1979 da Oficina literária Afrânio Coutinho (Olac). |