Clássico absoluto da literatura em língua espanhola, este volume reúne 75 contos fantásticos de todos os tempos, de mestres do gênero como Edgar Allan Poe, H. G. Wells, Franz Kafka e Julio Cortázar, entre outros.
Numa noite de 1937, ao conversar sobre ficções fantásticas, três amigos — Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e Silvina Ocampo — resolveram criar uma antologia com seus autores preferidos. Do filósofo Martin Buber ao explorador Richard Burton, passando pela tradição dos contos orientais, além de Cortázar, Kafka, Cocteau, Joyce, Wells e Rabelais, são 75 histórias — não só contos, como fragmentos de romance e peças de teatro — que nos apresentam uma literatura marcada pelo imaginário e por um modo diferente de representar a realidade. “A nossa sociedade — global, multilinguística, imensamente irracional — talvez só possa descrever a si mesma com a linguagem intuitiva da fantasia”, anota a escritora Ursula K. Le Guin no posfácio desta edição.
JORGE Francisco Isidoro LUIS BORGES Acevedo nasceu em Buenos Aires, em 24 de agosto de 1899, e faleceu em Genebra, em 14 de junho de 1986. Antes de falar espanhol, aprendeu com a avó paterna a língua inglesa, idioma em que fez suas primeiras leituras. Em 1914 foi com a família para a Suíça, onde completou os estudos secundários. Em 1919, nova mudança — agora para a Espanha. Lá, ligou-se ao movimento de vanguarda literária do ultraísmo. De volta à Argentina, publicou três livros de poesia na década de 1920 e, a partir da década seguinte, os contos que lhe dariam fama universal, quase sempre na revista Sur, que também editaria seus livros de ficção. Funcionário da Biblioteca Municipal Miguel Cané a partir de 1937, dela foi afastado em 1946 por Perón. Em 1955 seria nomeado diretor da Biblioteca Nacional. Em 1956, quando passou a lecionar literatura inglesa e americana na Universidade de Buenos Aires, os oftalmologistas já o tinham proibido de ler e escrever. Era a cegueira, que se instalava como um lento crepúsculo. Seu imenso reconhecimento internacional começou em 1961, quando recebeu, junto com Samuel Beckett, o prêmio Formentor dos International Publishers — o primeiro de uma longa série. |
ADOLFO BIOY CASARES nasceu em 1914, em Buenos Aires, onde morreu, em 1999. Um dos principais ficcionistas da prosa em espanhol, autor de contos e romances, ganhou prêmios como o Cervantes, em 1990. Publicou, entre outros, dois dos grandes romances latino-americanos do século XX, A invenção de Morel e O sonho dos heróis. |
SILVINA OCAMPO nasceu em Buenos Aires, em 1903. Na juventude, estudou desenho e pintura em Paris com Giorgio de Chirico e Fernand Léger. Em 1935, depois de conhecer Adolfo Bioy Casares, com quem se casou em 1940, passou a se dedicar totalmente à literatura. Entre suas obras, se destacam os volumes de contos Viaje olvidado (1937), Autobiografía de Irene (1948), A fúria (1959), publicado pela Companhia das Letras, e Los días de la noche (1970). Morreu em Buenos Aires, aos noventa anos. |
Josely Vianna Baptista é poeta, tradutora e escritora. Nasceu em Curitiba, em 1957. Graduou-se em língua e literatura espanhola e hispano-americana pela Universidade Federal do Paraná e estudou língua e cultura guarani. Integrou o corpo de tradutores das Obras completas de J. L. Borges (Prêmio Jabuti de Tradução, 1999). Entre seus livros, estão: Ar (1991), Corpografia (1992), este em colaboração com o artista plástico Francisco Faria, A concha das mil coisas maravilhosas do velho caramujo (2001). Em 1996, criou a coleção Cadernos da Ameríndia, dedicada a temas do repertório cultural e textual de etnias indígenas sul-americanas. |
ISBN | 9788535931631 |
Autores | Borges, Jorge Luis (Autor) ; Casares, Adolfo Bioy (Autor) ; Ocampo, Silvina (Autor) ; Baptista, Josely Vianna (Tradutor) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2019 |
Páginas | 448 |
Acabamento | Capa Dura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade