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Sabemos, pela Odisseia, que a viagem é um dos motivos mais antigos da tradição literária do Ocidente, e quem viaja tem sempre alguma história para contar, conforme diz um velho provérbio alemão. Especialmente quando o viajante é Borges: ao contrário do turista apressado, que quer ver tudo sem compreender nada do país visitado, ele escolhe uma paisagem urbana ou um elemento da natureza, para então criar uma breve história fundamentada num mito. Assim, é capaz de desenvolver analogias simbólicas a partir de um objeto banal, um simples mas delicioso brioche, por exemplo.A essas impressões de suas inúmeras viagens na companhia de María Kodama, Borges juntou outro tesouro inesgotável: o da memória dos livros que percorreu ao longo dos anos, de modo que vastas sombras vêm se interpor entre o muito que o autor recorda e o pouco que pôde perceber nos dois ou três dias povoados de circunstâncias em que se deteve neste ou naquele lugar, como nos conta em sua visita à Irlanda, impregnada para ele das imagens de seus grandes escritores, como sente ao percorrer as ruas que os personagens do Ulisses continuam percorrendo. Os mares, céus e noites das viagens aguardaram aqui um lento e silencioso trabalho de decantação no fundo escuro da experiência até se cristalizarem em imagens. Ilustrado com fotografias de María Kodama, Atlas foi o último livro publicado em vida pelo escritor argentino.
Sobre os autores(as)

Borges, Jorge Luis

JORGE Francisco Isidoro LUIS BORGES Acevedo nasceu em Buenos Aires, em 24 de agosto de 1899, e faleceu em Genebra, em 14 de junho de 1986. Antes de falar espanhol, aprendeu com a avó paterna a língua inglesa, idioma em que fez suas primeiras leituras. Em 1914 foi com a família para a Suíça, onde completou os estudos secundários. Em 1919, nova mudança — agora para a Espanha. Lá, ligou-se ao movimento de vanguarda literária do ultraísmo. De volta à Argentina, publicou três livros de poesia na década de 1920 e, a partir da década seguinte, os contos que lhe dariam fama universal, quase sempre na revista Sur, que também editaria seus livros de ficção. Funcionário da Biblioteca Municipal Miguel Cané a partir de 1937, dela foi afastado em 1946 por Perón. Em 1955 seria nomeado diretor da Biblioteca Nacional. Em 1956, quando passou a lecionar literatura inglesa e americana na Universidade de Buenos Aires, os oftalmologistas já o tinham proibido de ler e escrever. Era a cegueira, que se instalava como um lento crepúsculo. Seu imenso reconhecimento internacional começou em 1961, quando recebeu, junto com Samuel Beckett, o prêmio Formentor dos International Publishers — o primeiro de uma longa série.

Jahn, Heloisa

Nasceu no Rio de Janeiro e cresceu em Montenegro e Porto Alegre. Viveu vários anos fora do Brasil. Sempre trabalhou como tradutora e editora, profissão que exerceu por mais de vinte anos - a maioria deles na editora Companhia das Letras. Traduziu muitos livros - do espanhol, do inglês, do francês, do dinamarquês e do sueco. Faleceu em 2022, em São Paulo.
ISBN 9788535917123
Autores Borges, Jorge Luis (Autor) ; Kodama, María (Autor) ; Jahn, Heloisa (Tradutor)
Editora Companhia Das Letras
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2010
Páginas 144
Acabamento Capa Dura
Dimensões 22,50 X 15,50

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