Quatro jovens de diferentes nações indígenas se juntam, em uma jornada pelo rio Amazonas , para desvendar a lenda da fonte do arco-íris – que ouviram de um viajante mais velho e conta sobre um lugar maravilhoso onde se poderia encontrar as sementes
do arco-íris; um lugar mágico onde “morava a alegria iluminada pelas luzes que emanavam deste arco sagrado”. Durante o percurso, feito à canoa, os jovens se revezam no remo e, enquanto remam, conversam sobre a vida, sobre os costumes de cada povo e, por meio de histórias, lendas e contos de suas tradições, descobrem mais uns sobre os outros, sobre a natureza e sobre si mesmos. Uma trajetória em direção ao conhecimento, e mais que isso, ao autoconhecimento.
No decorrer da jornada, os parentes de diferentes nações – Sateré-Mawé, Munduruku, Wapichana e Maraguá –, conversam, conjecturam, dividem responsabilidades, receios, habilidades e memórias. Chegam até a questionar o mote da aventura para, aos poucos,
reconhecê-lo também como parte de um rito de passagem, algo que os mais velhos um dia já experimentaram. A travessia pelo rio oferece uma oportunidade de partilha de dúvidas, expectativas e anseios; sobre as vantagens e as desvantagens de viver nos territórios de origem ou nas cidades. Será possível harmonizar a sabedoria ancestral de cada tradição com as tecnologias e expressões da sociedade dominante? Seremos todos nós, em última análise, capazes de reconectar a fonte com a foz do arco-íris?
Graduada em artes cênicas e mestre e doutoranda em teatro, é atriz, diretora, dramaturga, contadora de histórias, poeta e professora assistente na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). |
Tiago Hakiy é poeta e escritor, além de bibliotecário formado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Amazonas e contador de histórias tradicionais indígenas. Nasceu no município de Barreirinha, no coração da floresta amazônica, à margem de um maravilho rio, cheio de belas praias, chamado Rio Andirá. Viaja por vários lugares do Brasil participando de eventos literários para divulgar a cultura indígena e a literatura que nasce no coração da floresta. Atua em projetos relacionados à cultura indígena junto ao Instituto UKA – Casa dos Saberes Ancestrais. Autor de diversos livros de literatura infantil, "Poemas para curumins e cunhantãs" é o seu primeiro livro publicado pela Editora Moderna. |
Cristiano Wapichana é músico, compositor. Nasceu em Boa Vista, Roraima. É contador de histórias e palestrante sobre a temática indígena em escolas, universidades, fundações e instituições diversas. É autor do livro A boca da noite, traduzido para o dinamarquês e o sueco, este vencedor da Estrela de Prata do Prêmio Peter Pan 2018, do international Board on Books for Young People (IBBY). Escritor brasileiro escolhido pela Seção IBBY Brasil para figurar a Lista de Honra do IBBY 2018. Recebeu o Prêmio FNLIJ 2017 nas categorias Criança e Melhor ilustração; Prêmio Jabuti 2017; Menção Honrosa no Concurso FNLIJ/UKA Tamoios de Textos de Escritores Indígenas 2014. É também autor de A onça e o fogo, vencedor do Concurso FNLIJ/UKA Tamoios de Textos de Escritores Indígenas 2007 com a obra Sapatos trocados: como o tatu ganhou suas grandes garras, selecionado para compor o acervo básico da FNLIJ 2015. O livro A boca da noite figurou no catálogo da Feira de Bolonha, na Itália (2017), recebeu o Selo Altamente Recomendável FNLIJ 2017 e o Selo White Revens da Biblioteca de Munique (2017) e o Selo White Revens da Biblioteca de Munique (2017). Pelo Movimento União Cultural, recebeu o Prêmio Litteratudo Monteiro Lobato 2015 e a Medalha da Paz Mahatma Gandhi 2014.Assessor na área de Educação para relações sobre os povos indígenas da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, entre 2018 e 2020. |
É ilustrador, escritor e designer, formado em comunicação social. Colaborador de diversos projetos, especialmente com temas ancestrais, étnicos, mitológicos, brasileiros ou ambientais. Também desenvolve projetos próprios, tais como Zum Zum Zum (2004), Jóty, o tamanduá (com Vãngri Kaingáng, 2010), A palavra do grande chefe (com Daniel Munduruku, 2007) e Quem não gosta de fruta é xarope (2006). Altamente recomendável pela FNLIJ, tem participado de exposições e catálogos pelo Brasil, Argentina, Alemanha, China, Eslováquia, México, Itália, Coreia e Japão. Selecionado no CJ Picture Book Festival (Coreia, 2009), recebeu o NOMA Encouragement Prize (Japão, 2008) e menção especial White Ravens (Alemanha, 2000). É membro do conselho gestor da SIB (Sociedade dos Ilustradores do Brasil). Morou na França entre 2005 e 2006. No retorno ao Brasil, intensificou sua releitura poética de raiz, pré-colombiana, indígena, africana, de arte espontânea ou popular. As ilustrações deste livro foram inspiradas pela paisagem, cultura e estética tradicional da etnia luo, e resultam da mistura entre monotipia, tingimento natural e acabamento digital. |
Roni Wasiry Indígena amazonense de origem Maraguá, é graduado em Licenciatura e Pedagogia Intercultural Indígena pela UEA-AM. Escritor, atua como pedagogo em uma escola estadual. Em seus livros, aborda a temática educacional, social e cultural de seu povo e de povos vizinhos ao seu. É o primeiro indígena a criar uma biblioteca particular para compartilhar histórias com a comunidade onde mora. Também atua na Secretaria de Meio Ambiente como participante em projetos ambientais no município de Boa Vista do Ramos (AM). |
ISBN | 9788506074794 |
Autores | Hakiy, Tiago (Autor) ; Munduruku, Daniel (Autor) ; Wapichana, Cristino (Autor) ; Wasiry, Roni (Autor) ; Negro, Mauricio (Ilustrador) |
Editora | Melhoramentos |
Coleção/Serie | Histórias Indígenas |
Idioma | Português |
Grade curricular | Ensino Fundamental II |
Faixa etária | Adolescentes (11-14) |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 116 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 16,00 |
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