A segunda encíclica de Bento XVI versa sobre o tema da esperança. Na primeira encíclica havia discorrido sobre o amor, cuja natureza profunda procurou esclarecer a partir da experiência humana do amor erótico e de comunhão. O amor é a terceira virtude teologal no vocabulário cristão, embora seja também um dos nomes divinos e, em particular, da terceira pessoa divina, o Espírito Santo. Continuaria o papa a analisar, agora, a segunda virtude teologal?/n/nNão se pode dizer que não, pois toda a primeira parte da encíclica é consagrada a sublinhar a íntima correlação entre a fé, primeira virtude teologal, e a esperança, que é a segunda. Mas esta consideração preliminar é simplesmente um ponto de partida. A perspectiva em que se coloca Bento XVI é muito mais ampla. Acompanhando o Novo Testamento, o papa elabora um conceito, digamos assim, antropológico e amplo de esperança, fonte de todo o dinamismo humano, pessoal e social. Existimos e agimos porque esperamos. Sem esperança nossa vida perderia sentido./n/nO que caracteriza os cristãos é a nossa esperança. Esperamos tudo de Deus. Esperamos Deus de Deus: a vida eterna. Depois de mostrar que não se trata de viver numa ótica individualista, pois esperar Deus de Deus é esperar em conjunto com todas as criaturas, em particular com todos os humanos, Bento XVI coloca a grande questão: o que é que podemos esperar? Considerando que a idéia moderna de progresso tornou aparentemente irrelevante a esperança cristã, sublinha a importância de "aprendermos de novo", como cristãos, a fazer ver ao mundo de hoje o que é realmente nossa esperança, o que significa esperar a vida eterna, perspectiva que sustenta e dinamiza toda vida e lhe dá inteira e totalmente sentido./n
Sobre o autor(a)
Bento XVI
O Padre Bento XVI, Joseph Ratzinger, nasceu na Baviera, Alemanha, em 16 de abril de 1927. Em 29 de junho de 1951 foi ordenado sacerdote. Doutorou-se em teologia dogmática sendo professor em grandes universidades como de Ratisbona. Em 1962, tornou-se mundialmente conhecido pela sua participação, como especialista, no Concílio Vaticano II. Em março de 1977 foi nomeado, por Paulo VI, arcebispo de Mônaco de Baviera e Freising. No mesmo ano, no consistório de 27 de junho, foi eleito cardeal. A 25 de novembro de 1981 foi nomeado por João Paulo II, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e em novembro de 2002 tornou-se Decano do Colégio cardinalício. Em 19 de abril de 2005 foi eleito Papa tomando o nome de Bento XVI. |
ISBN | 9788535621761 |
Autor(a) | Bento XVI (Autor) |
Editora | Paulinas |
Idioma | Português |
Edição | 7 |
Ano de edição | 2007 |
Páginas | 88 |
Acabamento | Grampeada |
Dimensões | 18,00 X 12,50 |