O surgimento, a ascensão e a queda de um império e de sua criadora são os eventos que delineiam este romance de Salman Rushdie, o primeiro a ser publicado após o atentado sofrido pelo autor em 2022.
“Neste exato lugar uma grande cidade surgirá, para maravilhar o mundo, e seu império há de durar mais de dois séculos. E tu […] lutarás para que nunca mais outras mulheres sejam queimadas dessa maneira e para que os homens vejam as mulheres de um jeito novo”, declara a deusa Parvati a Pampa Kampana, uma menina de nove anos que acabara de ver a mãe e outras mulheres se entregarem à fogueira após perderem os maridos para a guerra.
Maldição e bênção caminham lado a lado: ao se tornar órfã em terras destroçadas, a criança se vê dominada pelos poderes da divindade, que começa a operar através dela. É dessa forma que Bisnaga, a cidade da vitória, nasce. A partir dos desejos de uma jovem indefesa, erguem-se os muros de um novo e próspero império. Seus cidadãos brotam da terra, suas histórias e memórias são sussurradas segundo a imaginação de Pampa Kampana, assim como suas conquistas e derrotas também são arquitetadas pela profeta — mas toda narrativa tem um jeito de fugir de seu autor.
Com o passar dos anos, governantes vêm e vão, batalhas são vencidas e perdidas, e o próprio tecido da cidade se torna uma tapeçaria cada vez mais complexa. As fortalezas de Bisnaga, então, são comprometidas pela ambição e pela arrogância de quem está no poder.
Narrada com o imaginário e a acidez característicos de Salman Rushdie, Cidade da vitória remete aos antigos poemas épicos para evidenciar as contradições do mundo. Uma saga de amor, aventura e mito que é em si uma prova do poder da ficção.
“Cidade da vitória é um triunfo — não porque existe, mas porque é absolutamente encantadora.” — The Atlantic
“Uma celebração do poder da narrativa e da resistência da literatura.” — The Guardian
SALMAN RUSHDIE nasceu em Bombaim, na Índia, em 1947. De família muçulmana liberal e abastada, aos treze anos foi estudar na Inglaterra e lá permaneceu, tornando-se súdito britânico. Em 1968, formou-se em história no King’s College, em Cambridge. Depois de uma breve carreira como ator, passou a se dedicar à literatura em 1971. Escreveu mais de vinte livros, entre os quais Os filhos da meia-noite, A feiticeira de Florença, O último suspiro do mouro e Fúria. Em 2023, foi nomeado uma das cem pessoas mais influentes do ano pela Time. |
PAULO HENRIQUES BRITTO é tradutor, poeta e professor associado do Departamento de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Cursou a graduação e o mestrado em Letras na PUC-Rio, instituição que lhe conferiu o título de Notório Saber em 2002. É autor de livros de poesia como Macau (2003); Formas do nada (2012) e Nenhum mistério (2018), e de contos, como Paraísos artificiais (2004) e Castiçal florentino (2021). Recebeu diversos prêmios por suas obras, entre eles o Portugal Telecom, APCA, Alphonsus de Guimaraens, Alceu Amoroso Lima e Jabuti. |
Victor Burton nasceu no Rio de Janeiro em junho de 1956. Teve seu aprendizado profissional na editora Franco Maria Ricci de Milão, Itália, onde residiu de 1963 a 1980. No Brasil, desde 1980, se dedica ao design gráfico na área editorial e de produções culturais. Já realizou mais de 3000 capas de livros e 250 projetos de livros de arte. Ganhou sete vezes o prêmio Jabuti na categoria melhor capa e quatro vezes na categoria projeto editorial. Ganhou três vezes o prêmio Aloísio Magalhães de projeto gráfico, da Fundação Biblioteca Nacional. É diretor da Victor Burton Design Gráfico que atua principalmente na área editorial e de design de exposição. |
ISBN | 9788535934809 |
Autores | Rushdie, Salman (Autor) ; Britto, Paulo Henriques (Tradutor) ; Burton, Victor (Design) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 384 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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