Coletânea Ignácio De Loyola Brandão

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Box composto por 5 livros -

"Pega ele, silêncio!" (128 páginas); "Veia bailarina" (224 páginas); "O beijo não vem da boca" (376 páginas); "Cabeças de segunda-feira" (200 páginas); "O homem que odiava a segunda-feira" (168 páginas). "Pega ele, silêncio!"

Violência social, típica de uma sociedade competitiva e carente de valores, implacável com os fracos, mas também a velha e embriagadora violência do bicho-homem, que parece mais embriagadora do que nunca em momentos de tensão, individual ou coletiva, como o final da década de 1960, quando se desenrolam os três contos desta obra.

"Veia bailarina" Enquanto aguarda uma operação no cérebro, mais ou menos como o náufrago que está se afogando, o escritor dá um balanço em sua vida; a ameaça do aneurisma, a ansiedade se misturam a velhas perplexidades, revê situações, amigos, como num cineminha particular, reflete, indaga a si mesmo.

"O beijo não vem da boca" Em forma de ficção, sem a pretensão de respondê-la, uma das perguntas mais inquietantes formuladas pelo ser humano, desde o momento em que começou a indagar o porquê da vida e do destino - o significado do amor e a sua influência em nossas vidas.

"Cabeças de segunda-feira" O livro divide-se em cinco grandes temas (a criação, o desejo, o amor, o homem, a mente), que podem servir de inspiração para histórias de todo tipo e formato, bem comportadas, quadradas, redondas. Loyola deles extraiu uma mistura ácida de insólito e gozação, um pouco além ou aquém da realidade (a anã pré-fabricada, a irrefreável parideira), e flagrantes do caos urbano, em visão cínica e implacável- o gozo atrás das árvores, obscenidades para uma dona de casa.

"O homem que odiava segunda-feira" Na porta da livraria, um homem distribui folhetos amarelos convidando para uma reunião. Objetivo - extinguir do calendário as segundas-feiras, esse dia nefasto no qual todos os males da semana (e da vida) começam. Prova científica? O estranho vírus denominado Monday-Monday, de sintomas incertos e amplitude universal. Mas como eliminar um dia da semana? Consultas a advogados, na tentativa de esclarecer da existência de alguma lei a respeito. Desilusões, frustrações.

Sobre o autor(a)

Brandão, Ignácio De Loyola

Ignácio de Loyola Lopes Brandão (Araraquara, São Paulo, 1936). Filho de Antônio Maria Brandão, funcionário da estrada de ferro de Araraquara, e de Maria do Rosário Lopes Brandão, conclui os estudos primário e ginasial em sua cidade natal. Adolescente cinéfilo, escreve críticas de cinema para jornais locais e funda o Clube de Cinema de Araraquara. À semelhança de outros colegas de geração, como o encenador e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa (1937), muda-se para São Paulo em 1957, contratado como repórter do jornal Última Hora. Mais tarde, viaja para Roma, Itália, disposto a tornar-se roteirista dos estúdios da Cinecittá. Durante a estadia, trabalha como colaborador do Última Hora e da TV Excelsior. Na década de 1960, Loyola publica seu primeiro livro de contos, Depois do Sol (1965), e lança seu primeiro romance, Bebel que a Cidade Comeu (1968), adaptado para o cinema pelo diretor Maurice Capovilla (1936). Ambas as obras documentam personagens e cenários da cidade de São Paulo. Ainda no ano de 1968, recebe o Prêmio Especial do 1º Concurso Nacional de Contos do Paraná, por Pega ele, Silêncio, uma coletânea de contos. Nesse período, trabalha para as revistas Realidade, Setenta e Planeta. Consagra-se, em meados da década de 1970, como uma das principais vozes da geração literária que estreia ou amadurece depois do golpe militar de 1964, representante de um conjunto de novos autores que, apesar da repressão política, renova a literatura brasileira. Nessa época, a busca por soluções estéticas inovadoras acompanha um percurso cultural que se manifesta em diferentes áreas artísticas desde o final da década de 1960 – é o caso, por exemplo, do tropicalismo na música popular, ou do chamado “cinema marginal”, na cinematografia. Esse período é marcado pela “legitimação da pluralidade” – para usar a expressão do crítico literário Antonio Candido (1918-2017) –, pluralidade que se traduz na diferença dos projetos literários e na forma híbrida que muitas narrativas da época assumem.
Entre os recursos que diluem a fronteira dos gêneros literários e traduzem a agitação experimental daqueles anos estão autobiografias romanceadas, romances-reportagem, contos que não se distinguem de poemas ou crônicas, uso de fotomontagens e grafismos dentro dos textos, poemas visuais e estilhaços de história. Escritores como Renato Tapajós (1943), Roberto Drummond (1933-2002), Rubem Fonseca (1925) e Loyola debruçam-se sobre a experiência repressiva da ditadura; eles criam obras pautadas pela agressividade de forma e conteúdo, retratando os novos tempos de violência, censura, êxodo rural, marginalidade econômica e social – o Brasil do chamado “milagre econômico”. A obra de Ignácio de Loyola Brandão cumpre um papel fundamental na literatura brasileira ao colocá-la no rumo de novas possibilidades expressivas. Os temas trabalhados em seus contos e romances (perda da identidade, incomunicabilidade, desumanização do homem, dissociação entre homem e natureza etc.) e os recursos utilizados para dar forma a esse universo (a fragmentação, a descontinuidade narrativa e o uso da paródia) apontam para o que a história das artes e da literatura define como o “pós-modernismo”.
ISBN 9788526022805
Autor(a) Brandão, Ignácio De Loyola (Autor)
Editora Global
Coleção/Serie Ignácio De Loyola Brandão
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2016
Páginas 1096
Acabamento Brochura
Dimensões 23,00 X 16,00
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