" Em um sensível e lúcido elogio à maturidade, Hermann Hesse, Nobel de Literatura, mostra que a velhice pode ser tão rica e exuberante quanto a juventude. Em Com a maturidade fica-se mais jovem, Hermann Hesse dedica-se com lirismo ao último desafio de sua longa vida de escritor: aceitar graciosamente a velhice e a proximidade da morte. Os belos textos trazem histórias cheias de referências a experiências pessoais, autoanálise e confissões literárias.A influência de Nietzsche, o conhecimento da psicanálise, a austeridade religiosa e o ceticismo subsequente estão representados em impressões sobre a efemeridade e a transitoriedade do mundo. A índole acentuadamente romântica transparece nas breves histórias e em seus pensamentos. Há ainda recordações íntimas, pequenos poemas em prosa e em verso, aforismos e breves tratados filosóficos. A natureza variada dos textos escolhidos marca a pluralidade do autor e aborda a dicotomia entre corpo e mente, espiritualidade e materialismo, conflito que permeou toda a sua obra.Hesse nos lembra, neste livro, do ciclo natural da vida, da primavera dos anos e da regeneração que anualmente se repete. Algo que não deve ser encarado como motivo de tristeza, por ele próprio se encontrar no inverno da existência, e sim como uma oportunidade para proceder à transformação e à regeneração interior." Hermann Hesse começou a carreira literária aos 21 anos, quando publicou suas primeiras poesias. A chamada “primeira fase” do escritor se estende até Knulp (1915), produzindo nesse período romances de grande valor, como Peter Kamenzind (1904), Gertrud (1910) e Rosshalde (1914). Demian foi publicado logo depois da Primeira Guerra Mundial, em 1919. Em protesto contra o militarismo germânico, Hesse era então um residente permanente da Suíça e sem dúvida figurava ao lado dos maiores nomes da literatura em idioma alemão. A profunda humanidade e a penetrante filosofia que impregnam seus livros foram confirmadas em obras-primas que produziu posteriormente, entre outras Sidarta (1922), O lobo da estepe (1927) e Narciso e Goldmund (1930), que, com seus poemas, contos e um considerável número de trabalhos de crítica valeram-lhe um lugar muito especial entre os pensadores contemporâneos. Em 1946 ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Hermann Hesse faleceu em 1962, pouco depois da passagem do seu 85º aniversário.
Sobre o autor(a)
Hesse, Hermann
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946, Hesse nasceu em Cawl, na Alemanha, em 1877. Autor de Sidarta, O lobo da estepe, entre outros. Morreu em 1962, na Suíça. |