Compreendendo As Cidades Método Em Projeto Urbano..-

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SINOPSELivro inaugural de uma nova série da editora Perspectiva, Urbanidades Fraturadas, desenvolvida com o professor Leandro Medrano, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Compreendendo as Cidades, de Alexander Cuthbert, mapeia, organiza, conceitualiza e desenvolve as bases do urbanismo como um campo do saber estruturado sobre sólidas bases de conhecimentos, análises e experiências. A partir de Cuthbert, projetar a ou na cidade deixa de ser um exercício pautado primordialmente pelo bom senso, instinto e sensibilidade dos planejadores, designers e urbanistas para se tornar uma ciência que agrega várias disciplinas em correlação, constituindo um modelo de projeto, planejamento e ação poderoso, crítico e contemporâneo a lidar com aspectos físicos e humanos da vida em sociedade que passa a considerar os elementos sociológicos, antropológicos, psicológicos, históricos, culturais e políticos que a compõe, sem simplificações.QUARTA CAPACompreendendo as Cidades é o último livro da trilogia de Alexander R. Cuthberg dedicada a inaugurar no âmbito do urbanismo e da arquitetura um campo de saber amplo e transversal, erguendo-se contra um fazer sem método e intuitivo que está na ordem do dia. Contra a dissolução das definições que já serviram para embasar o projeto urbano, contra a ausência de princípios que norteiem a disciplina, “exaurida pelo esteticismo e reificação das cidades”, e contra sua desumanização.Cuthbert estabelece os fundamentos de uma abordagem inteiramente nova, e holística, para todos que se dedicam à arte de configurar, ou reconfigurar, o espaço coletivo. Ao longo da obra, a história, a filosofia, a economia, a cultura, a política, o gênero, a estética, tudo é trazido para o centro do debate, de modo a reavivar a imaginação espacial por intermédio da capacidade crítica que só as ciências humanas são capazes de propiciar. Na contramão do que ainda se faz, e de como ainda se ensina, Compreendendo as Cidades convida a deixar para trás a era da tecnocracia fria e irrefletida para restabelecer o valor do âmbito social sobre o econômico em nossas vidas e nos nossos espaços de convivência e interação.TRECHOSApresentação de Leandro Medrano e Luiz RecamanA experiência brasileira em relação à arquitetura e urbanismo conflui, de maneira desconcertante, com o estado de coisas que motivou essa “refundação” do projeto urbano nos termos aqui discutidos. O mundo “pós-urbano” e pós-social que o neoliberalismo construiu, e que radicaliza no momento atual, equivale à iniquidade, violência e antiurbanidade que são as formas estruturais de nossa modernização. Assim, temos um encontro marcado para a revisão radical das contribuições disciplinares que nos levaram a ilusória ultrapassagem do urbano e do espaço social – a revolução urbana. Esse termo, cunhado por Henri Lefebvre no final dos anos 1960, pode muito bem indicar uma ausência no processo social brasileiro, como reclamado pelos analistas da “revolução brasileira”. O mundo urbano, como um modo de vida atrelado à produção industrial e ao consumo, tornou-se uma deficiência nacional naquilo que tem de heterogeneidade, criatividade e “ordem social competitiva”, para usar uma expressão de Florestan Fernandes. Nesse sentido, ao propor a tradução desta obra, pretendemos sobretudo apresentar o seu método, ou o “meta-método”, que se expande em direção aos temas que o autor define, em Designing Cities, como “categorias relacionadas aos principais elementos do conteúdo”. Essas categorias devem ser analisadas em relação à nossa realidade urbana e social, que exigem outras tantas, concernentes à especificidade do processo local. Isso não significa que elas não sejam pertinentes como estrutura crítica à modernização conservadora. Ao contrário, a pertinência está na medida da vinculação contraditória dos processos globais e locais. Mesmo discutindo o problema segundo uma perspectiva abrangente, esse método de análise encontra, em qualquer caso, processos históricos particulares – já que a própria ideia de universalidade está sendo questionada pelo autor. O objetivo aqui é introduzir o método crítico que é utilizado nas bases da “refundação” disciplinar do “projeto urbano” – e, no nosso caso, da arquitetura e do urbanismo – mediado pela nossa especificidade.Preâmbulo à Edição BrasileiraUm estímulo básico para escrever a trilogia foi o que percebi como definições de Projeto Urbano sem conteúdo e sem base teórica ou empírica. A disciplina estava cheia de definições e opiniões sem fundamento e carentes de conteúdo tais como: “a arte do projeto urbano é a arte de fazer ou formar paisagens urbanas”, ou “o projeto urbano liga planejamento, arquitetura e paisagismo na medida em que preenche os vazios entre eles”. Essas definições perpetuam o mito de que nosso entendimento do ambiente construído possa ser segmentado em interesses profissionais, e eu me recordo do insight de George Bernard Shaw dizendo que todas as profissões são conspirações contra o público. Elas representam outra prática monopolista no sistema capitalista global dedicado aos interesses próprios e à sobrevivência. David Harvey desmonta todas essas definições triviais em quatro palavras, quando diz que o projeto de desenho urbano é “a paisagem do capital”.Manuel Castells foi igualmente preciso ao dizer que projeto urbano é “a representação simbólica do significado urbano em formas urbanas distintas”. Para entender o projeto urbano precisamos saber como essa paisagem é criada, como o significado urbano surge, quais as ideologias estão por trás disso e como a conquista simbólica do espaço urbano acontece. Precisamos saber quem ganha e quem perde por meio desse processo e, mais importante, como a forma da cidade surge a partir dessas relações. Há muito eu me convenci que a base de tal entendimento deve vir da economia política do espaço, uma coalizão de três disciplinas urbanas – sociologia, geografia e economia. Coletivamente, elas são presença rara em qualquer literatura sobre projeto urbano, situação que permanece até hoje. Ficou claro que era necessário fazer uma reafirmação desmistificada e radical do projeto urbano, com base nos amplos insights obtidos a partir da economia política do espaçoSobre GêneroA discriminação metódica através do projeto assume muitas formas e a parcialidade profissional, no nível institucional, é apenas o começo. Existem incontáveis métodos de viés de gênero dentro do ambiente construído, dos espaços interiores da arquitetura à construção do âmbito público, monumentos e formas de arte (Gardiner 1989; Weisman 1992). No seu nível mais básico, as roupas íntimas femininas são fetichizadas como espetáculo em butiques, em incontáveis vias públicas em todo o mundo ocidental. Em certos lugares, são as próprias mulheres que são fetichizadas em vitrines e vendidas nos distritos de prostituição, em Amsterdã e Hamburgo, por exemplo. Mais sutis são as práticas que formaram o âmbito doméstico, a relação entre os ambientes, a forma e a localização dos conteúdos, entre o dentro e o fora, e a estratificação social e por gênero de seus habitantes. Virginia Woolf é a autora mais sensível entre todos os autores, por exemplo, em Jacob’s Room e A Room of One’s Own, onde ela faz uma análise microscópica do espaço doméstico, junto com a dissecção cirúrgica das personagens. Como ela demonstra, diferenças de gênero aplicam-se mesmo ao uso de mobiliário, seu tipo, localização e materiais. Para dar um único exemplo, as mais famosas cadeiras de todos os tempos, projetadas por Thonet, Mies van der Rohe, Le Corbusier, Alvar Aalto, Gerrit Rietveldt e outros, foram todas desenhadas por homens. Certamente, é difícil excluir o mobiliário e complementos de uma análise do espaço com viés de gênero, já que espaços vazios, sem móveis, não podem transmitir muita informação (Colomina 1992; Leslie e Reimer 2003). O espaço doméstico com viés de gênero também pode ser visto como uma metáfora do espaço social com esse mesmo viés
Sobre os autores(as)

Cuthbert, Alexander R.

Professor emérito de Planejamento e Desenvolvimento Urbano na Universidade de New South Wales, em Sidney, Austrália, é especialista em arquitetura, urbanismo e planejamento urbano, com doutorado na London School of Economics. Lecionou, projetou e viveu na Grécia, Inglaterra, Estados Unidos, Hong Kong e Austrália, tendo sido autor ou participado de mais de uma centena de publicações. Compreendendo as Cidades forma com Designing Cities e The Form of Cities a trilogia do autor de textos integrados dedicada à construção de um novo campo crítico do urbanismo.

Medrano, Leandro

Professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSP

Recaman, Luiz

Professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSP
ISBN 9786555050660
Autores Cuthbert, Alexander R. (Autor) ; Di Marco, Anita (Tradutor) ; Natividade, Anita (Tradutor) ; Medrano, Leandro (Introdução) ; Recaman, Luiz (Introdução)
Editora Perspectiva
Coleção/Serie Urbanidades Fraturadas
Idioma Português
Grade curricular Ensino Universitário
Edição 1
Ano de edição 2021
Páginas 384
Acabamento Brochura
Dimensões 25,50 X 18,00
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