Cultura E Estado

Código: 461785 Marca:
Ops! Esse produto encontra-se indisponível.
Deixe seu e-mail que avisaremos quando chegar.
Algumas soluções, novos problemasNa França, a cultura tem sido uma questão de Estado. Para o pior e para o melhor.De fato, talvez não haja outro país democrático no qual a cultura se associe tão intimamente à identidade da nação e do Estado. Não há nação francesa, nem Estado francês, sem a cultura. Direita e esquerda, no poder, dedicam-se igualmente à ratificação de uma imagem cultural nacional. E, até há pouco, era impensável um político tornar-se presidente da república sem nunca ter escrito um livro.Esse quadro, no entanto, es¬tá longe de ser idílico. Neste volume, é eloquente a posição de Jean Dubuffet, expoente da arte bruta, denunciando o esquema político que asfixia a cultura real com uma ascendência da burocracia sobre a criação e que conduz a distorções como esta, conhecida no Brasil, segundo a qual a cultura é, antes, uma questão de interpretação (leia-se: educação) e divulgação do que de criação. E Dubuffet vai mais longe: a cultura é a ordem, é a palavra de ordem, isto é, a corrosão e a corrupção da criação. Carl Andre, nome maior da arte minimalista, disse o mesmo em outro lugar: 'arte é o que nós fazemos, cultura, o que fazem conosco'. Com o Estado cultural surgiu a política cultural e problemas novos foram criados ao lado dos resolvidos. O ensaísta Alain Finkielkraut aponta para o que considera um dos maiores equívocos da política cultural atual: conceber qualquer estilista da moda como tão relevante quanto Shakespeare, um futebolista, um valor igual a Michelangelo, um cantor de rap, como não inferior a Stravinsky. Para ele, esse relativismo cultural, fruto da política cultural vista como democratizante ou, pelo contrário, demagógica, nada faz além de dissolver a cultura num 'tudo é cultura'. Ao lado, outras vozes se levantam para afirmar que, sem o Estado, a cultura não existiria ou viraria mercadoria commodity.O tema em entrelinha neste debate é o da cultura como uma questão de política pública coletiva ou da cultura como assunto pessoal do qual o Estado tem de ficar distante. Como o debate deste livro é sobre um Estado cultural, a França, as questões relativas à primeira posição são mais fortes. Mas a cada instante o leitor é convidado a pensar por conta própria sobre os erros e acertos não apenas da França, país modelo nesta área, como de toda política pública para a cultura.
Sobre o autor(a)

Coelho, Teixeira

Teixeira Coelho fundou a Editora Documentos em 1969 e desde então divide seu tempo entre a arte, a cultura e a literatura, em iguais proporções. Depois de dirigir museus e centros de cultura, e organizar exposições no Brasil e no exterior, coordena hoje um grupo de estudos sobre Culturas e Humanidades Computacionais no Instituto de Estudos Avançados da USP.
ISBN 9788573213652
Autores Gentil, Geneviève (Autor) ; Poirrier, Philippe (Autor) ; Coelho, Teixeira (Tradutor)
Editora Iluminuras
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2000
Páginas 128
Acabamento Brochura
Dimensões 23,00 X 16,00
Pague com
  • Pagali
  • Pix
Selos

MYRE EDITORA, COMERCIALIZADORA, IMPORTADORA E DISTRIBUIDORA LTDA - CNPJ: 50.295.718/0001-20 © Todos os direitos reservados. 2025

Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade