Dicionário da história social do samba, o vencedor do Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção
Expressão da cultura marginal carioca do início do século XX, o samba resistiu a décadas de racismo e preconceito estético, e se tornou parte inextrincável da identidade nacional brasileira. Nesta obra de referência pioneira, Nei Lopes e Luiz Antonio Simas – grandes estudiosos do tema – inscrevem o valor da negritude e da história dos negros na criação e na fixação do samba, e a ambígua inserção dessa cultura musical na sociedade de consumo.
Mais do que apenas descrever conceitos, neste importante dicionário – que recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Não ficção (2016) –, os autores reconstroem a memória cultural de nosso país. Os verbetes organizam a trama que compõe o enredo dessa narrativa: a repressão explícita dos primeiros tempos; as escolas de samba, os pagodes e rodas como polos de resistência; a distribuição geográfica desses espaços; o samba como gênero de música popular, com seus múltiplos e diversos subgêneros e estilos e suas diferenças regionais. E, principalmente, destacam os nomes fundamentais que fizeram essa história: compositores, instrumentistas, regentes, cantores, dançarinos, cenógrafos, diretores, entre outros.
Nas palavras de Rachel Valença, escritora e pesquisadora do samba: “O grande mérito do livro de Nei e Simas está no fato de que não se limita a nos fornecer informação (e quanta!) sobre o samba, seus gêneros e seus expoentes: leva-nos também a uma reflexão sobre mitos, preconceitos e meias-verdades que acompanharam o samba ao longo de sua vitoriosa trajetória de um século. Sua leitura faz entender melhor a sociedade em que vivemos, na qual o samba se impôs, resistindo a uma visão limitadora de cultura, identificada a erudição, que o enxergava como folclore, como algo pitoresco, que se consegue simplesmente tolerar.
“A tudo isso o samba urbano carioca sobrevive, aqui ou Brasil afora, com suas malandras estratégias de resistência, buscando o difícil equilíbrio entre a renovação e a preservação da identidade, que lhe garante a enorme força que vem da origem. Uma luta bonita de ver e de viver, com avanços e recuos, com ginga e meneios, com malícia e sabedoria, é a que este livro relata na forma de verbetes que se sucedem em história. Vale a pena ler e refletir.”
Dicionário social da história do samba é uma obra de referência que merece estar na estante de todos os curiosos, interessados ou aficionados por esse ritmo tão brasileiro!
" "Nei Lopes é bacharel em Direito e Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi compositor da Acadêmicos do Salgueiro e dirigente da Unidos de Vila Isabel. Autor e intérprete, ao lado de praticamente todos os grandes nomes do samba, desde a década de 1970 incursou também por outros caminhos musicais, em parcerias consagradas com Guinga, Ivan Lins, João Bosco, Moacir Santos, entre outros. Escritor e ficcionista, tem obra fortemente lastreada na cultura e no universo do samba. Pela Civilização Brasileira, publicou Dicionário da antiguidade africana.
Luiz Antonio Simas é mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi consultor do acervo Música de Carnaval do MIS – Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro – e jurado do Estandarte de Ouro, maior premiação do carnaval carioca. Tem diversos livros e artigos publicados, notadamente sobre as escolas de samba do Rio de Janeiro e suas comunidades. É autor, entre outros, de Samba enredo: História e arte, em parceria com Alberto Mussa, publicado pela Civilização Brasileira.
"Nei Lopes é profissional da música desde 1972, com obras gravadas pelos principais nomes do samba. Integrou a ala de compositores da escola de sambaAcadêmicos do Salgueiro e foi dirigente da Unidos de Vila Isabel. É também escritor e estudioso das culturas africanas, no continente de origem ena diáspora. Publicou dicionários e enciclopédias, como Kitábu: o livro dosaber e do espírito negro-africanos (2005) e o Dicionário da história social dosamba (2015), com Luiz Antonio Simas, vencedor do Prêmio Jabuti em 2016na categoria de teoria/crítica literária, dicionários e gramáticas. |
Luiz Antonio Simas é escritor, historiador, professor e compositor popular. Tem dezenove livros, diversas canções gravadas e mais de uma centena de artigos publicados em jornais e revistas sobre festas de rua, sambas, culturas brasileiras, futebol e carnaval. Pelo Dicionário da História Social do Samba, escrito em parceria com Nei Lopes, recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção, em 2016. Foi finalista do mesmo prêmio em 2018. Desde 2012 dá aulas sobre culturas populares em praças, botequins e ruas do Rio de Janeiro. Lançou pela Bazar do Tempo o Almanaque Brasilidades – Um inventário do Brasil popular. |
ISBN | 9788520012581 |
Autores | Lopes, Nei (Autor) ; Simas, Luiz Antonio (Autor) |
Editora | Civilização Brasileira |
Idioma | Português |
Faixa etária | Jovens Adultos (15-21) |
Edição | 9 |
Ano de edição | 2015 |
Páginas | 336 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 15,50 |
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