Eduardo de Almeida Navarro é um filólogo e lexicógrafo brasileiro, especialista na língua tupi antiga e moderna. É professor catedrático da Universidade de São Paulo e autor dos livros Método moderno de tupi antigo, de 2004, e Dicionário de tupi antigo, de 2013, importantes obras sobre o assunto. Graduou-se em geografia pela Universidade Estadual Paulista e em letras clássicas pela Universidade de São Paulo. Em 1997, escreveu Anchieta: vida e pensamentos, obra a respeito do padre jesuíta espanhol José de Anchieta, autor da primeira gramática da língua tupi antiga e um dos primeiros autores da literatura nacional. Navarro foi o organizador e principal tradutor dos livros Poemas: lírica portuguesa e tupi, de 1997, e Teatro, de 1999, nos quais redigiu notas explicativas e adaptou a ortografia original dos textos, cujo conteúdo havia sido majoritariamente escrito em tupi antigo por Anchieta. Doutorou-se em 1995 com uma tese sobre a questão das línguas por ocasião do Renascimento. Desde 2000, tem formado professores de tupi antigo para escolas indígenas nos estados brasileiros da Paraíba e Espírito Santo. Em 2004, lançou o livro Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Em 2005, fez pós-doutoramento na Índia, onde estudou as origens do mito de São Tomé no Brasil. Ele foi o responsável por redigir o prefácio e as notas de rodapé da reedição do livro Uma festa brasileira, de Ferdinand Denis, além de ter traduzido uma parte de tal obra diretamente da língua tupi antiga. A primeira edição desse livro havia sido lançada em 1850 na cidade de Paris. A reedição foi lançada em outubro de 2007, com versão bilíngue em francês e português. O trecho traduzido por Navarro foram os Poemas brasílicos, do padre Cristóvão Valente. Em 2013, lançou o livro Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil, em que descreve mais de nove mil vocábulos dessa língua. Atualmente está preparando um dicionário de língua geral. |
Ariano Vilar Suassuna foi um dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, professor, advogado e palestrante brasileiro. Idealizador do Movimento Armorial e autor das obras Auto da Compadecida e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil.Foi Secretário de Cultura de Pernambuco (1994-1998) e Secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014. Ariano Vilar Suassuna nasceu em Parahyba do Norte,[2] atual João Pessoa, no dia 16 de junho de 1927, filho de Rita de Cássia Dantas Villar e João Suassuna.[3] Ariano foi casado com Zélia de Andrade Lima, com quem teve seis filhos.[4]Seu pai era então o presidente (seria hoje chamado de governador) do estado da Paraíba.[nota 1] Ariano nasceu nas dependências do Palácio da Redenção,[6] sede do Executivo paraibano. No ano seguinte, o pai deixa o governo da Paraíba, e a família passou a morar no sertão, na Fazenda Acauã, em Sousa.[7]Durante o movimento armado que culminou com a Revolução de 1930, quando Ariano tinha três anos, seu pai João Suassuna foi assassinado por motivos políticos na cidade do Rio de Janeiro, e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.[8]O próprio Ariano Suassuna reconhecia que o assassinato de seu pai ocupava posição marcante em sua inquietação criadora. No discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, disse: "Posso dizer que, como escritor, eu sou, de certa forma, aquele mesmo menino que, perdendo o pai assassinado no dia 9 de outubro de 1930, passou o resto da vida tentando protestar contra sua morte através do que faço e do que escrevo, oferecendo-lhe esta precária compensação e, ao mesmo tempo, buscando recuperar sua imagem, através da lembrança, dos depoimentos dos outros, das palavras que o pai deixou."Ariano Suassuna, em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, 9 de agosto de 1990. O assassinato de João Suassuna ocorreu como desdobramento da comoção posterior ao assassinato de João Pessoa, governador da Paraíba e candidato a Vice-Presidente do Brasil na chapa de Getúlio Vargas. Ariano Suassuna atribuía à família Pessoa a encomenda do assassinato de seu pai, contratando o pistoleiro Miguel Laves de Souza, que atirou na vítima pelas costas, no Rio de Janeiro. Em razão disso, não concordava com a alteração do nome da cidade onde nasceu, de "Cidade da Parahyba" para "João Pessoa", em homenagem ao governador assassinado. |
ISBN | 9788526019331 |
Autores | Navarro, Eduardo De Almeida (Autor) ; Suassuna, Adriano (Prefácio) |
Editora | Global |
Coleção/Serie | Dicionários |
Idioma | Português |
Grade curricular | Ensino Fundamental II |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2013 |
Páginas | 624 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 16,00 |
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