Enterrem Meu Coração na Curva do Rio' é o relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Soiux, Cheyenne e outras contarem com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, os massacres e rompimentos de acordos. Todo o processo que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extingui-los. Publicado originalmente em 1970, este livro foi traduzido para diversas línguas. Com esta obra , Dee Brown, especialista em história norte-americana, buscou mudar o modo do mundo ver a conquista do Velho Oeste e a história do extermínio dos peles-vermelhas. 1) O mais difundido relato sobre a perseguição e o genocídio indígena perpetrados pelos colonizadores brancos no Novo Mundo.2) O foco é no extermínio das tribos autóctones norte-americanas na segunda metade do século XIX, mas ecoa dizimação similar ocorrida em outros locais das Américas (como, por exemplo, o Brasil). Os primeiros capítulos relembram a história da ocupação branca desde os tempos de Cristóvão Colombo.3) Aqui a história da colonização do Velho Oeste é contada do ponto de vista de chefes e membros das tribos Dakota, Cheyenne, Sioux e várias outras. Massacres, batalhas e tratados não-cumpridos são relatados com minúcia4) Publicado em 1970 e lançando mão de diversos tipos de fontes (como documentos oficiais, relatos de primeira mão e ampla bibliografia), este livro foi fundamental na virada de visão sobre a formação do Oeste americano. Até então, graças ao gênero cinematográfico do faroeste, a história era contada apenas pelos vencedores (os colonizadores brancos); e os indígenas apareciam como selvagens sanguinários a ameaçar a civilização branca; pouco se falava sobre os massacres de tribos indígenas e a ocupação de terras que, ao longo do tempo, diminuíram consideravelmente ou mesmo extinguiram diversos povos originários. 5) Título ideal para os dias de hoje, em que a preocupação com o meio-ambiente e a sustentabilidade ganha cada vez mais atenção em todo o mundo, em que as florestas do planeta sofrem com incêndios e garimpo ilegal, além da perseguição aos indígenas brasileiros que restam, por meio de grilagem e da não-demarcação de terras (contrariando o determinado na Constituição de 1988). O livro de 6) Dee Brown ajuda a entender como, do ponto de vista de desmatamento e desrespeito aos primeiros povos, chegamos aqui.7) Recentemente a causa indígena tem ganhado relevância e revelado ao grande público figuras de ponta do movimento, como Ailton Krenak e Daniel Munduruku, que são autores de sucesso.8) Inclui uma apresentação do tradutor Geraldo Galvão Ferraz, mapas e ilustrações.9) Relato tão impactante quanto qualquer livro sobre o Holocausto ou sobre o genocídio de Ruanda.10) O título figura na Coleção L&PM Pocket há quase 20 anos, com sucessivas reedições. Esta é a primeira edição convencional da L&PM Editores.12) Obra mais conhecida de Dee Brown, historiador norte-americano. Quando do seu lançamento, em plena Guerra do Vietnã, foram feitas muitas análises comparando o genocídio dos indígenas com ataques estado-unidenses aos civis vietnamitas.
Sobre os autores(as)
Cena, Marco
Marco Cena é porto-alegrense, designer gráfico, capista, autor e ilustrador de livros infantis. Pela BesouroBox, publicou os livros “Te Amo” (2007), “Mãe” (2008), “Eu Te Amo” (2011) e “Os Zumbis da Pedra” (2013). Recebeu o Prêmio Henrique Bertasso de melhor ilustrador de livros infantis em 1998, o Prêmio O Sul/Correio do Povo de melhor capa/livro em 2003 e o Prêmio Destaque da 47ª e 48ª Feira do Livro de Porto Alegre em 2001 e 2002. Foi presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro entre 2014 e 2017. |
Brown, Dee
Dee BrownRomancista e historiador americano. Sua obra mais famosa, Enterrem meu coração na curva do rio, lançada em 1970, descreve a violenta relação entre índios americanos e desbravadores de terras.Nascido na Louisiana, Brown (1908-2002) cresceu no Arkansas, onde se tornou amigo de várias pessoas descendentes de índios americanos. Ele trabalhou como bibliotecário, repórter e professor.Como bibliotecário, trabalhou no Departamento Americano de Agricultura de 1934 a 1942 e para o Departamento de Guerra depois de servir o exército na Segunda Guerra Mundial. De 1948 a 1972, foi bibliotecário na Universidade de Illionois, onde recebeu a graduação de mestre e se tornou professor. Em 1973, voltou ao Arkansas e passou a se dedicar à literatura. Brown escreveu diversos romances, muitos deles para crianças. |