Ao tratar de feminismo, luta contra a ditadura, exílio e valorização da condição feminina, Envelhecer é para as fortes resgata a memória da geração de mulheres de 1968, hoje com seus 60 ou 70+ anos, e acrescenta uma pauta a esse debate: a velhice.
Através da trajetória de oito pioneiras, Envelhecer é para as fortes busca resgatar a história do Círculo de Mulheres Brasileiras, grupo feminista formado em Paris, no exílio dos anos 1970. Glória Ferreira, Vera Valdez, Lena Tejo, Eliana Aguiar, Lena Giacomini, América Ungaretti, Betânia e Vera Sílvia são as protagonistas de Envelhecer é para as fortes, com relatos de suas experiências durante o exílio na ditadura, as descobertas no ativismo feminista e as reinvenções necessárias ao longo da vida.
Helena Celestino narra a história de cada uma dessas mulheres de sua geração, brasileiras com diferentes trajetórias, cujas vidas se cruzaram nos anos 1970 em Paris, e faz a construção de um cenário da luta vivida por elas. Hoje, com 60 ou 70+ anos, essa geração que lutou pela liberdade sexual se deparou com uma mudança de seus próprios corpos. Helena Celestino afirma que a dificuldade para lidar com a velhice é ainda um tabu, e raramente compõe a pauta dos grupos feministas. Ela traz, assim, uma discussão sobre o etarismo, demonstrando que essa é apenas mais uma reinvenção que precisa ser feita por essas mulheres que passaram a vida se reinventando:
“Elas combateram a ditadura, correram mundo e correram perigo, tiveram vidas excitantes, casaram-se muitas vezes, viveram a revolução sexual, moraram em diversos países, tiveram filhos ou recusaram a maternidade, construíram famílias e carreiras profissionais, reinventaram-se algumas vezes e assim continuam fazendo.”
Envelhecer é para as fortes recupera a memória de uma geração de mulheres herdeiras dos movimentos de 1968 numa narrativa envolvente, mostrando seus novos desafios e ensinando como o aspecto pessoal é também político, e como a memória é uma forma de resistência.
Helena Celestino é jornalista e pesquisadora. Cursou Antropologia na Sorbonne, em Paris, e Comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem uma longa carreira nas empresas de comunicação: é colaboradora do Valor Econômico e, no Globo, foi editora-executiva, colunista e correspondente em Paris e Nova York. Foi pesquisadora-visitante na Universidade de Columbia, com trabalho sobre violência do Estado, nacionalismo e extrema direita. É uma das escritoras de Tempestade perfeita, coletânea de artigos de sete jornalistas sobre o momento atual da mídia.
Helena Celestino é Autora de “Tempestade perfeita: Sete visões da crise do jornalismo profissional |
ISBN | 9786555874914 |
Autor(a) | Celestino, Helena (Autor) |
Editora | Record |
Idioma | Português |
Faixa etária | Adolescentes (11-14) |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 168 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 22,50 X 15,50 |
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