Nesta obra, Oscar Wilde apresenta quatro ensaios singulares que criticam a estética de sua época e exaltam o inesperado, tratando de temas como literatura, crítica e sociedade.
O autor defende a ideia de que a verdadeira arte é caracterizada por “distinção, encanto, beleza e força imaginativa”, e que a própria crítica pode ser considerada uma manifestação artística, quando contempla em si as mesmas características.
Em seu ensaio de abertura, “A decadência da mentira”, Wilde critica realistas literários modernos como Henry James e Émile Zola por sua “monstruosa idolatria do fato”, por sufocar a imaginação. O que torna a arte maravilhosa, diz ele, é que ela é “absolutamente indiferente ao próprio fato, [a arte] inventa, imagina, sonha e conserva entre ela e a realidade uma barreira intransponível de belo estilo, de método decorativo ou ideal”.
O segundo ensaio, “Pena, lápis e veneno”, faz uma apresentação de Thomas Griffiths Wainewright, artista inglês, talentoso pintor, crítico de arte e suspeito de ter sido um serial killer. “A crítica e a arte”, ensaio central desta obra, é composto por duas partes, em que ocorrem debates significativos e teóricos sobre o crítico ser tão artista quanto o próprio artista em si. Um bom crítico é como um intérprete virtuoso: “Quando Rubinstein toca... ele nos dá não somente Beethoven, mas também parte de si mesmo; assim, ele nos proporciona Beethoven por completo... por uma rica natureza
artística, de maneira esplêndida, graças a uma nova e intensa personalidade. Quando um grande ator representa Shakespeare, temos a mesma experiência”.
E para finalizar, “A verdade das máscaras”, no qual o autor analisa a produção de Shakespeare. Esta é a obra que levou Oscar Wilde a vivenciar uma intensa aclamação na cena cultural de sua época.
Nasceu em Dublin, Irlanda, em 1854. Filho de um médico e de uma escritora, esteve desde a infância rodeado de intelectuais.Escreveu contos, poesia, peças de teatro e ensaios.Em 1883, casou-se com Constance Lloyd, com quem teve dois filhos.Wilde publicou o seu único romance e uma das maiores obras da literatura inglesa O Retrato de Dorian Gray, em 1891.Nele, expôs a futilidade da alta sociedade e seu contrate com a rotina da classe operária.Vítima de moralismo que sempre criticou, foi acusado de homossexualidade, devido ao envolvimento com o filho de um marquês, em 1895, e condenado a dois anos de prisão.Libertado, mudou-se para Paris, onde morreu de meningite em 1900. |
JOÃO DO RIO (1881-1921), pseudônimo de Paulo Barreto, nasceu no Rio de Janeiro. Jornalista, escritor e teatrólogo, aos 18 anos já trabalhava na imprensa, produzindo reportagens, realizando crônicas e críticas literárias. Foi redator de jornais conhecidos na época, como O País, Correio Mercantil e Gazeta de Notícias. Em 1920, fundou A Pátria, um jornal dedicado aos interesses da colônia portuguesa. João era membro da Academia Brasileira de Letras e foi um dos primeiros escritores brasileiros a publicar artigos sobre Oscar Wilde. Inspirou-se artisticamente tanto na obra quanto na vida de Wilde. Além de Estética, traduziu O Retrato de Dorian Gray e Salomé, entre outros escritos do autor. |
ISBN | 9786559575046 |
Autores | Wilde, Oscar (Autor) ; Rio, João Do (Tradutor) |
Editora | Veríssimo |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2024 |
Páginas | 128 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 16,00 |
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