Clássico da literatura americana, Filho nativo transcende as fronteiras dos Estados Unidos e da época em que a obra foi escrita para tratar de um drama maior: como construir uma vida justa e democrática em uma sociedade erguida sobre o duplo pilar do escravismo colonial e da supremacia branca?
Publicado originalmente em 1940, Filho nativo fez de Richard Wright o primeiro escritor negro a ser reconhecido como celebridade na cena literária mundial. Nas décadas seguintes, a obra se tornou um clássico americano e referência incontornável da literatura afro-diaspórica.
Ambientado na Chicago da década de 1930, o livro conta a história de Bigger Thomas, um jovem negro massacrado pela pobreza, assombrado pelos traumas de uma irrecuperável memória da escravidão e atiçado pela consciência de que as injustiças que o atingem beneficiam as pessoas brancas. A pergunta de fundo é: para onde caminha uma sociedade que relega a juventude negra à miséria e às arbitrariedades da indecorosamente injusta divisão de recursos e de poder perpetuadas desde os tempos da escravidão?
Escrita em um ritmo cativante e no estilo característico de um thriller, esta obra formidável é, ao mesmo tempo, uma condenação da injustiça social e um retrato implacável da experiência negra no mundo moderno.
“Se fosse necessário identificar a força modeladora mais influente na história literária negra moderna, provavelmente teríamos que apontar para Wright e a publicação de Filho nativo.” — Henry Louis Gates Jr.
“A obra de Wright apresenta um conjunto elaborado de reflexão filosoficamente informada sobre o caráter da civilização ocidental e o lugar do racismo dentro dela.” — Paul Gilroy
“A afirmação mais poderosa e célebre que já tivemos do que significa ser negro nos Estados Unidos é, sem dúvida, Filho nativo, de Richard Wright.” — James Baldwin
RICHARD WRIGHT nasceu em 1908 no Mississipi, região no sul dos Estados Unidos, onde à época vigorava um duro regime de segregação racial. Em 1927, a fim estabelecer-se como escritor, migra para Chicago e depois para Nova York. Escreveu contos, romances, novelas e ensaios. Dentre suas principais obras estão Black Boy (1945), The Outsider (1953) e White Man, Listen! (1957). Morreu em 1960, exilado em Paris. |
Mário Augusto Medeiros da Silva é sociólogo, escritor e professor do Departamento de Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como escritor de não ficção, publicou Os escritores da guerrilha urbana: literatura de testemunho, ambivalência e transição política (1977-1984) (2008); e A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000) (2013), este último finalista na categoria Ciências Humanas do Prêmio Jabuti de 2014. É ainda coorganizador de Polifonias marginais (2015), com Lucía Tennina, Ingrid Hapke e Érica Peçanha, e de Rumos do Sul: periferia e pensamento social (2018), com Mariana Chaguri. Já no segmento de ficção, é autor dos livros Gosto de amora (2019), finalista do Prêmio Jabuti na categoria Contos, e Numa esquina do mundo (2020), semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa. |
ISBN | 9788535936735 |
Autores | Wright, Richard (Autor) ; Sousa, Fernanda Silva E (Tradutor) ; Custódio, Julia (Design) ; Silva, Mário Augusto Medeiros Da (Posfácio) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2024 |
Páginas | 504 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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