Frases Do Tomé

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'tem muito trabalho pra fazer o mundo' 'o tempo nunca acaba, nem quando a gente morre' 'a cabeça é a parte mais dura do corpo' 'Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi' Oswald de Andrade, '3 de maio' Copiei e compilei essas frases do Tomé durante o ano de 2004, quando ele tinha 3 anos. As coisas que ele falava nessa época soavam para mim como um apanhado de revelações, que se aproximava daquilo que eu entendia como poesia. Ia anotando onde dava, no papel que estivesse à mão, logo que ele dizia, para não esquecer. Depois fazia os desenhos. Inicialmente não tinha um plano de publicá-las. Fui fazendo como uma brincadeira um álbum para curtirmos intimamente, em família. Depois de um tempo, deu vontade de compartilhar esse tesourinho com mais gente. Muito do que escrevi ou compus bebeu na fonte de minha convivência com meus filhos, quando pequenos. Nas suas percepções muito virgens, cheias de encantamento e estranhamento por tudo que os cercava. Tomé é o mais novo deles. Em 1991, quando minha filha mais velha, Rosa, tinha essa mesma idade — três anos — escrevi o livro As Coisas — uma espécie de compêndio pedagógico das coisas do mundo, filtradas poeticamente. Não era um livro feito especificamente para o público infantil (apesar de crianças também o apreciarem, como me relataram depois alguns professores), mas tinha uma linguagem um tanto inspirada no modo como as crianças veem (e elaboram) o mundo. Por isso convidei a Rosa para ilustrar, naquela época, os textos de As Coisas. Considero este livro agora, Frases do Tomé aos Três Anos, uma espécie de espelho invertido do As Coisas. Enquanto aquele era composto de textos meus, com ilustrações de minha filha mais velha quando tinha 3 anos este é um livro de frases de meu filho mais novo quando tinha 3 anos, ilustradas por mim. Hoje em dia Tomé tem 15 anos (e Rosa 28). Mas suas frases continuam a produzir em mim o mesmo susto poético de quando as ouvi pela primeira vez, levando-me a reparar em coisas que, apesar de serem muito evidentes, passavam despercebidas por minha (des)atenção forjada pelo hábito. Com suas analogias inusitadas entre as coisas, entre as palavras, entre as palavras e as coisas Tomé me ensinou outros modos de ver o mundo e usar a linguagem. Arnaldo Antunes.
Sobre o autor(a)

Antunes, Arnaldo

Arnaldo Antunes (São Paulo SP 1960). Compositor, poeta, cantor, artista visual e performer. Aos 15 anos, ingressa no Equipe, colégio paulistano conhecido pela ênfase na formação artística e humanística, e começa a compor em parceria com o colega de classe Paulo Miklos e a escrever poesia. Em 1978, ingressa no curso de letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), que não chega a concluir. No início dos anos 1980, ao lado de Miklos e dos artistas plásticos José Roberto Aguilar e Go (Regina de Bastos Carvalho, sua primeira esposa), integra o grupo músico-teatral Aguilar e Banda Performática, com o qual grava um disco independente em 1982. Nesse mesmo ano, com ex-colegas do colégio, funda a banda Titãs do Iê-Iê, da qual participa como compositor e vocalista. Rebatizado apenas como Titãs, o grupo lança em 1984 o primeiro disco, com grande sucesso. Devido à popularidade do conjunto, Antunes torna-se conhecido nacionalmente. Tem canções gravadas por inúmeros artistas, como Belchior, Marisa Monte, e bandas, como Barão Vermelho, além de compor com diversas parcerias. Ainda nos anos 1980, edita revistas literárias, participa de mostras de caligrafia e publica seus primeiros livros de poesia, inicialmente em edição artesanal - Ou E, de 1983 -, depois pela editora Iluminuras.
Em 1992, deixa os Titãs, mas continua compondo com o grupo. Inicia então carreira solo, lançando em média um disco a cada dois anos: Nome (1993), o primeiro deles, é também livro e vídeo. Seguem-se Ninguém (1995), O Silêncio (1996), Um Som (1998) e Paradeiro (2001). Em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown, lança em 2002 o CD-DVD Tribalistas, que vende 1,5 milhão de cópias por causa do hit Já Sei Namorar. Cria seu próprio selo, Rosa Celeste, em 2004, pelo qual lança Saiba (2004), Qualquer (2006), Ao Vivo no Estúdio (2007) e IêIêIê (2009). Em 2010, lança o DVD Ao Vivo Lá em Casa, dirigido por Andrucha Waddington, e conta com aparticipação de Betão Aguiar, Chico Salem, Curumin, Edgard Scandurra, Marcelo Jeneci, Demônios da Garoa, Erasmo Carlos, Fernando Catatau e Jorge Benjor.
Tem canções utilizadas em diversos filmes e compõe trilha sonora para o espetáculo O Corpo, 2000, do Grupo Corpo. Paralelamente à carreira de músico e poeta, Antunes participa de diversas mostras de artes visuais e performáticas, no Brasil e no exterior, atuando como expositor, performer e curador. Trabalha em parceria com grandes nomes da música brasileira, como Jorge Ben Jor (Cabelo), Alice Ruiz (Socorro), Pepeu Gomes (Alma), Gilberto Gil (As Coisas), Péricles Cavalcanti (Eva e Eu), Marina Lima (Grávida) e Roberto Frejat (Lente).
ISBN 9788573215397
Autor(a) Antunes, Arnaldo (Autor)
Editora Iluminuras
Coleção/Serie Livros Da Ilha
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2018
Páginas 80
Acabamento Brochura
Dimensões 15,40 X 22,00

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