A natureza é a matéria-prima deste Livro de pré-coisas, que celebra a conexão entre os seres e o ambiente sem distingui-los por importância, capacidade ou tamanho. A edição traz prefácio de Maria Valéria Rezende e imagens do acervo pessoal do poeta.
“Quando meus olhos estão sujos da civilização, cresce por dentro deles um desejo de árvores e aves.” Esses versos tão atuais sintetizam este Livro de pré-coisas. Publicada originalmente em 1985, a obra consolida muitas das características que tornaram Manoel de Barros um dos maiores poetas brasileiros. Entre os traços mais marcantes de sua escrita, estão a já reconhecida singularidade de sua linguagem, que evoca imagens reinventando as palavras, e o rompimento com a lógica do mundo civilizado e com as fronteiras entre a prosa e a poesia. O personagem Bernardo, andarilho que atravessa toda a obra de Manoel, aparece aqui. E ele vem de longe “com sua pré-história” para ciceronear o leitor por esse universo tão rico — só ele é capaz de aplainar as águas com as mãos ou de assustar o mato. Bernardo, que representa a conexão do homem com a natureza, tem como seu “grande luxo” justamente “ser ninguém”. A natureza, para o poeta, não é um cenário ou uma espécie de reservatório de clichês — a natureza é, acima de tudo, a matéria-prima de sua poesia.
MANOEL DE BARROS nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, em 1916. Viveu no Rio de Janeiro por mais de trinta anos, antes de voltar ao Pantanal. É autor de dezoito livros de poesia, além de livros infantis e relatos autobiográficos. Um dos maiores nomes da poesia brasileira, recebeu inúmeras premiações. Faleceu em 2014, aos noventa e sete anos. |
ISBN | 9788556521040 |
Autores | De Barros, Manoel (Autor) ; Ferraz, Regina (Design) |
Editora | Alfaguara Do Brasil |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2021 |
Páginas | 120 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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