Neste romance perturbador e polifônico, terrível e hipnótico, Mónica Ojeda recria um mundo do feminino monstruoso, impiedoso e sem limites, onde perigo e desejo reinam como uma fascinante deusa de duas cabeças. Fernanda, uma insolente estudante do Ensino Médio apaixonada por literatura e filmes de terror, acorda com os pés e as mãos amarrados em uma cabana no meio da floresta. Sua sequestradora, entretanto, não é uma estranha. Trata-se de Miss Clara, a professora de Literatura, uma mulher assombrada pela memória da própria mãe e assediada durante meses por suas alunas do Colégio Bilíngue Delta, uma escola católica de elite. Rapidamente, os motivos do sequestro se revelarão muito mais complexos e sombrios do que a vingança pelos traumas sofridos pela professora.
Com um texto imaginativo e surpreendente, a equatoriana Mónica Ojeda cria neste romance não apenas personagens desconcertantes, mas também uma ambientação perturbadora para uma narrativa de nuances e contornos tênues entre o horror, o desejo e a perversidade, investindo nas relações de professoras e alunas, mães e filhas, irmãs e amigas do coração.
Aqui, o medo e sua relação com os laços familiares, a sexualidade e a violência que espreita o amor estão expressos, várias vezes literalmente, por meio da mordida feroz e do ataque quase sexual, das brincadeiras dolorosas e da confiança quase dependente entre meninas e mulheres que se conectam, mas também se (a)traem. O rapto revelado já nas primeiras páginas será apenas o começo de uma jornada aterradora e viciante pela escrita de Mónica Ojeda. “
Mandíbula é o terceiro romance de Ojeda e a prova irrefutável de sua maestria para contar histórias tecidas com saliva, sangue, pesadelos e rosários de dentes de leite.”
MARÍA FERNANDA AMPUERO –
El Telégrafo “Um impacto literário, estético e emocional ”
MARIANA ENRÍQUEZ –
Escritora e jornalista argentinaSobre o autor(a)
Ojeda, Mónica
MÓNICA OJEDA nasceu em Guayaquil, no Equador, em 1988. Em 2017, esteve na lista Bogotá39, do Hay Festival, de melhores escritores de ficção latino-americanos com menos de 40 anos. Em 2019, recebeu o prêmio Prince Claus Next Generation, na Holanda. Em 2021, a revista Granta a indicou como uma das melhores autoras hispânicas com menos de 35 anos. Publicou livros de contos, poemas e três romances: La desfiguración Silva (Prêmio ALBA Narrativa, 2014), Nefando (Candaya, 2016) e Mandíbula (Autêntica Contemporânea, 2022). |