Pequena obra de arte do autor de A montanha mágica, a novela Mário e o mágico retrata — a partir das atitudes cruéis de um obscuro ilusionista — o gérmen do fascismo na Europa do século XX.
Irritabilidade, raiva e um humor peculiarmente malicioso caracterizam as férias em família do narrador de Mário e o mágico em Torre di Venere, na Itália. A inquietação dos personagens aumentará pela presença do infausto Cipolla, um ilusionista cuja performance é aterrorizar e humilhar seu público, subjugando-o à sua própria revelia. Em um ataque direto à dignidade humana, a apresentação encontra sua vítima perfeita no garçom Mário, que deve se submeter às vontades do mágico sem restrições — até que uma tragédia se instaura.
Esta novela de Thomas Mann pode ser considerada como uma das primeiras obras da literatura mundial a captar com precisão aspectos fundamentais da mentalidade que propiciou o alastramento do fascismo no século XX, ecoando sua vigorosa advertência toda vez que se delineia, ainda hoje, a ameaça de um novo Cipolla.
THOMAS MANN nasceu em Lübeck, na Alemanha. Em 1929, foi premiado com o Nobel de literatura. Quando Hitler tomou o poder, Mann partiu para o exílio, nos Estados Unidos. Retornou à Europa em 1952 e viveu na Suíça até sua morte, em 1955. |
RAUL LOUREIRO nasceu em São Paulo em 1965. Em 1989 graduou-se em comunicação (cinema) pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Em 1993 fez mestrado em desenho gráfico no Massachusetts College of Art. Tem projetos desenvolvidos para a editora Companhia das Letras, Imprensa Oficial, Editora Globo, Instituto Moreira Salles, entre outros. |
Marcus Vinicius Mazzari é professor livre-docente de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP. Publicou, entre outros, Romance de formação em perspectiva histórica (São Paulo: Ateliê, 1999) e Labirintos da aprendizagem: Pacto fáustico, romance de formação e outros temas de literatura comparada (São Paulo: Ed. 34, 2010). Traduziu Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação, de Walter Benjamin (São Paulo: Ed. 34, 2002), O rabi de Bacherach, de Heinrich Heine (São Paulo: Hucitec, 2009) e o Manifesto comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels (São Paulo: Hedra, 2010). Também elaborou notas, comentários e prefácio para a edição bilíngue do Fausto, de Goethe, em tradução de Jenny Klabin Segall (São Paulo: Ed. 34, 2004-7. 2 v.). É coordenador da Coleção Thomas Mann, editada pela Companhia das Letras. |
ISBN | 9786559213993 |
Autores | Mann, Thomas (Autor) ; Macedo, José Marcos (Tradutor) ; Loureiro, Raul (Design) ; Mazzari, Marcus Vinicius (Posfácio) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 112 |
Acabamento | Capa Dura |
Dimensões | 23,60 X 16,40 |
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