Medo Imortal

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O ano é 1897.Estamos nas vésperas da celebração dos oitenta anos de publicação da primeiríssimaedição de Frankenstein, ou o Prometeu Moderno, escrito por Mary Shelley. Naquele mesmoano, outro inglês, H.G. Wells, lança em forma de livro O Homem Invisível e publica oscapítulos iniciais de A Guerra dos Mundos em revistas da Inglaterra e dos EUA. Já oirlandês chamado Bram Stoker coloca nas livrarias o livro que viria a mudar sua vida e ahistória da literatura: Drácula. Do outro lado do oceano, nos Estados Unidos, um garotode apenas sete anos acabou de escrever seu primeiro conto, que levou o nome de “TheNoble Eavesdropper”. H.P. Lovecraft é este escritor americano precoce.Mais ao sul do continente americano, no Brasil, naquele marcante ano de 1897,quarenta intelectuais se reúnem para fundar a Academia Brasileira de Letras (abl),inspirados em um modelo de agremiação de escritores já existente na França desde1635. Cada um daqueles fundadores escolhe um patrono para nomear a cadeira quevai ocupar, e eles passam a chamar a si mesmos de imortais.A antologia Medo Imortal, mais nova integrante da coleção Medo Clássico da Darkside®Books, vem a público para mostrar que existe mais em comum entre os fatos dos doisparágrafos anteriores do que pode aparentar à primeira vista. Liderados por nossomaior escritor, Machado de Assis, aqueles intelectuais brasileiros são pessoas de seutempo, conectados com o que estava sendo produzido nos grandes centros culturaisdo mundo em sua época.Nas páginas de Medo Imortal estão reunidos, além de poesias, 32 exemplares da prosade escritores diretamente ligados à nossa principal instituição dedicada à literatura.São contos que evocam o sobrenatural, apresentam monstros, descrevem atos depsicopatas, dão o testemunho de todo tipo imaginável de atrocidades concebidaspela mente humana. Produzidos entre a segunda metade do século xix e a primeirametade do século xx, tais textos representam o que de melhor se escreveu nosprimeiros cem anos de produção do terror em nosso país.Organizado pelo jornalista Romeu Martins, com ilustrações de Lula Palomanes, a lista de autores para o livro contoucom a colaboração de estudos realizados pelos maiores pesquisadores do terror e doinsólito das principais universidades brasileiras. São ao todo treze autores, escolhidosentre os patronos, os fundadores e os primeiros eleitos para ocupar os salões daAcademia Brasileira de Letras.Entre eles, a Darkside® Books aproveitou a oportunidade de reparar uma injustiçahistórica cometida naquele ano de 1897 e traz também contos da escritora Júlia Lopesde Almeida, importante nome de nossa literatura que participou das reuniões para afundação da Academia mas que na última hora acabou sendo barrada por ser mulherem uma instituição que em seus primeiros oitenta anos só aceitou a presença de homens.
Sobre os autores(as)

Assis, Machado De

JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS nasceu em 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro. Seu pai era “pardo” e neto de escravos; sua mãe era açoriana. Publicou seu primeiro poema pouco antes de completar quinze anos e vários romances considerados obras-primas, como Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro. Morreu em 29 de setembro de 1908, no Rio de Janeiro.

Guimarães, Bernardo

BERNARDO GUIMARÃES foi escolhido por Raimundo Correia como patrono da 5ª cadeira da Academia Brasileira de Letras em sua fundação. Mineiro de Ouro Preto, ele nasceu em 1825 e morreu em 1884, antes da abolição da escravatura no Brasil. Iniciou a carreira como poeta e depois estabeleceu-se como romancista. Publicou doze livros, entre poesias e romances, antes de lançar, em 1875, seu maior sucesso: A escrava Isaura.

Azevedo, Alvares De

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831- 1852) foi escritor da segunda geração romântica, poeta e dramaturgo. Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e durante o curso se destacou pelas suas produções literárias. Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar, a qual foi agravada por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos. A sua obra compreende: Poesias Diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios e Lira dos Vinte Anos. Sofreu influência de Lord Byron, Alfred de Musset, Goethe e Chateaubriand.

Rio, Joao Do

JOÃO DO RIO (1881-1921), pseudônimo de Paulo Barreto, nasceu no Rio de Janeiro. Jornalista, escritor e teatrólogo, aos 18 anos já trabalhava na imprensa, produzindo reportagens, realizando crônicas e críticas literárias. Foi redator de jornais conhecidos na época, como O País, Correio Mercantil e Gazeta de Notícias. Em 1920, fundou A Pátria, um jornal dedicado aos interesses da colônia portuguesa. João era membro da Academia Brasileira de Letras e foi um dos primeiros escritores brasileiros a publicar artigos sobre Oscar Wilde. Inspirou-se artisticamente tanto na obra quanto na vida de Wilde. Além de Estética, traduziu O Retrato de Dorian Gray e Salomé, entre outros escritos do autor.

Azevedo, Aluisio De

Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo (1857-1913) foi escritor, diplomata, jornalista e caricaturista. Irmão mais novo do dramaturgo Artur Azevedo, com quem escreveu alguns esboços de peças teatrais. Muito cedo revelou pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Estudou na Academia Imperial de Belas-Artes, no Rio, quando começou a trabalhar como caricaturista nos jornais O Fígaro, Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada. Para sustentar a família, abandona os desenhos e começa sua carreira literária. Seu primeiro romance foi Uma Lágrima de Mulher (1879). Em 1881, em período de crescente efervescência abolicionista, publica o romance O Mulato, obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira. É autor de vários romances de estética naturalista: O Mulato (1881), Casa de Pensão (1884), O Cortiço (1890) entre outros.

Lopes De Almeida, Júlia

Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) foi uma das principais escritoras de sua geração e uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras. Oriunda de um lar moderno, que estimulava a leitura, e casada com o poeta português Filinto de Almeida, encarou o ofício da escrita com diligência, alcançando uma obra prolífica e de inestimável qualidade. Começou sua carreira aos 19 anos, na Gazeta de Campinas, em uma época em que a participação da mulher na vida intelectual era muito rara. Por mais de trinta anos, colaborou com o jornal carioca O País. Apoiava o abolicionismo e a República. Ao longo de sua carreira, produziu contos, peças, romances, crônicas e livros infantojuvenis. Acabou esquecida nas décadas de 30 e de 40, com o Modernismo, e teve seu nome excluído da lista da primeira reunião da Academia Brasileira de Letras. O motivo: a exclusão de mulheres da Academia, que só seria revogada em 1977, com a concessão de uma cadeira a Rachel de Queiroz. Seu marido ocupou a cadeira de número 3 da Academia Brasileira de Letras, entre os fundadores, sempre afirmando que sua esposa era a merecedora do posto.

Varela, Fagundes

Fagundes Varela se notabilizou como poeta integrado ao que se convencionou denominar de segunda geração romântica brasileira. É autor de "Cantos e fantasias", "Cantos meridionais" e "Cantos do ermo e da cidade", entre outros livros de poemas. "Cântico do calvário" é considerado um momento alto de sua criação. Seus escritos em prosa permaneceram dispersos e foram recolhidos em livro apenas posteriormente.
Entre as tentativas de Varela com a narrativa breve, há títulos como “As
ruínas da Glória”, aparentemente inspirado por "Noite na taverna", de Álvares de Azevedo.

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