Acompanhar a vida de um escritor é sempre uma experiência fascinante Em cada página deste volume, mergulhamos na riqueza das palavras de Manuel Bandeira. O livro No travessia do tempo é uma cuidadosa e inédita seleção de 24 crônicas do habitante de Pasargada Escritos em diferentes etapas de sua jornada na Terra, os textos nos apresentam toda a intensidade da existência de alguém que se conectava de forma natural com o mundo à sua volta.
As crónicas escolhidas para compor este No travessia do tempo nos levam a um passeio lirico de mãos dadas com Manuel Bandeira. Partilhamos, assim, de passagens e sensações que o autor vivenciou e que ficaram em sua memória.
O livro foi organizado em quatro blocos temáticos: "Familia", "Amigos". "Cidades" e "Festas". Tal tarefa foi realizada pelo editor Gustavo Tuna, ganhador do Prêmio Jabuti pela organização de O poeta e outras crônicas de literatura e vida, de Rubem Braga. Mais uma vez, Tuna nos guia com sensibilidade e olhar atencioso pela obra de um grande artista brasileiro.
Entre paisagens pitorescas, diálogos envolventes e emoções profundas, Bandeira nos transporta para uma realidade de sentimentos e experiências únicas. Seja em seus relatos sobre sua familia, suas relações calorosas com amigos intimos, suas impressões sobre os locais que percorreu ou sua fascinação pelas celebrações que vivenciou. Somos presenteados com a visão intima desse poeta singular.
Na travessia do tempo é uma viagem literária cativante, repleta de encanto e emoção. Cada crônica nos leva a conhecer um pouco mais de Manuel Bandeira, sua forma única de enxergar o mundo e seu talento em transformar simples momentos em crônicas poéticas.
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. É considerado como parte da geração de 1922 do modernismo no Brasil. Seu poema "Os Sapos" foi o abre-alas da Semana de Arte Moderna. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Gilberto Freyre, Clarice Lispector e Joaquim Cardozo, entre outros, representa o melhor da produção literária do estado de Pernambuco. Os temas abordados por Bandeira são amplos e variados. Dentre os temas constantemente presentes, estão o erotismo, o pessimismo e a morte, dentre tantos outros. A despeito de ser ateu, temas como a mística cristã aparecem em sua poesia, ao lado de uma poesia voltada ao amor libertino e ao desejo carnal, por exemplo.Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro de Sousa Bandeira,[2] era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um, João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da Paraíba e de Mato Grosso. Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado em "Evocação do Recife". Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô". No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos). Foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses. Em 1903, terminou o curso de Humanidades, a família se muda para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose (1904). Para se tratar buscou repouso em Campanha, Teresópolis e Petrópolis com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.[2] Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.[4] Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.[4] Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval". |
Gustavo Henrique Tuna é doutor em História Social pela USP e mestre em História Cultural pela Unicamp. É autor de Gilberto Freyre: entre tradição e ruptura (São Paulo: Cone Sul, 2000), premiado na categoria Ensaio do III Festival Universitário de Literatura. Também é autor das notas ao livro autobiográfico de Gilberto Freyre De menino a homem (São Paulo: Global, 2010), vencedor na categoria Biografia do Prêmio Jabuti 2011. É gerente editorial da Global Editora. |
ISBN | 9786556125213 |
Autores | Bandeira, Manuel (Autor) ; Tuna, Gustavo Henrique (Compilador) |
Editora | Global |
Coleção/Serie | Manuel Bandeira |
Idioma | Português |
Faixa etária | Adolescentes (11-14) |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 144 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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