Marco da literatura moçambicana, Niketche é uma obra que questiona as tradições e debate, como nunca antes, as condição feminina na sociedade. Esta é a obra-prima de Paulina Chiziane, vencedora do prêmio Camões 2021.
“Ninguém pode entender os homens. Como é que o Tony me despreza assim, se não tenho nada de errado em mim? […] Dei-lhe amor, dei-lhe filhos com que ele se afirmou nesta vida. Sacrifiquei os meus sonhos pelos sonhos dele. Dei-lhe a minha juventude, a minha vida. Por isso afirmo e reafirmo, mulher como eu, na sua vida, não há nenhuma! Mesmo assim, sou a mulher mais infeliz do mundo.” Esse é o desabafo de Rami, protagonista de Niketche, que depois de vinte anos de casamento descobre que seu marido está vivendo uma vida dupla — ou melhor, quíntupla.
Em uma tentativa de salvar seu relacionamento e seguindo os moldes da sociedade em que vive, Rami se une às amantes de Tony e exige que ele se case também com as outras quatro mulheres, seguindo o costume da poligamia — somente assim os direitos e a honra das cinco estaria garantido. Mas essa união provoca desdobramentos até então inimagináveis.
Nesta crítica ao mesmo tempo divertida e mordaz, Paulina Chiziane, vencedora do prêmio Camões de 2021, explora a cultura e os valores do seu país, a hipocrisia da sociedade em geral e a sujeição das mulheres em todo o mundo.
* Leitura obrigatória dos vestibulares da UNEB, UEL, UFRGS e Unicentro.
PAULINA CHIZIANE nasceu em 1955, em Moçambique. Depois de publicar alguns contos na imprensa, estreou como romancista com Baladas de amor ao vento, em 1990. Também é autora de Ventos do Apocalipse, O sétimo juramento, O alegre canto da perdiz e Niketche: uma história de poligamia, que a Companhia das Letras publicou. Em 2021, a autora venceu o prêmio Camões de literatura, maior honraria em língua portuguesa. |
Angelo Abu nasceu em Belo Horizonte, em 1974. Ilustrou seu primeiro livro em 1995, como resultado de uma oficina no Festival de Inverno de Ouro Preto. Desde então, vem trabalhando para diversas editoras. Em 2000 formou-se em cinema de animação pela Escola de Belas Artes da UFMG. Em 2010 ficou em primeiro lugar na categoria caricatura no concurso de ilustração do jornal Folha de S. Paulo, para o qual posteriormente veio a colaborar algumas vezes. Ilustrou mais de 80 livros, dentre eles: Um dia, um pássaro, de Sônia Junqueira; Simbad, o marujo, adaptado das Mil e uma noites por Alaíde Lisbo; e Macunaíma em quadrinhos, de Mário de Andrade, ilustrado em parceria com Dan X - todos pela Peirópolis. |
ISBN | 9786559211814 |
Autores | Chiziane, Paulina (Autor) ; Abu, Angelo (Design) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 2 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 336 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 16,00 |
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