Descobertas e reminiscências em retratos bem humorados e ternos, do grande cronista brasileiro Fernando Sabino, agora em nova edição.
Ao longo de No fim dá certo - título tão expressivo quanto otimista -, o que ocorre são alguns preciosos achados, vistos com lupa por este autor tão sensível do cotidiano.
Com humor característico, Fernando Sabino relaciona ""Na lista das pequenas coisas que o desagradam a cada passo"": os compromissos marcados com mais de 24 horas de antecedência; responder cartas; compras a prestação; tirar gelo de formas da geladeira; qualquer espécie de farda ou uniforme; poltronas sem braços; bichos que voam, exceto passarinhos; cortar unha, especialmente do pé; luz fluorescente; poema lido pelo autor; banho frio; talher de peixe; filme dublado; despedida em aeroporto; e, curiosamente, escrever.
Por outro lado, o autor também enumera algumas pequenas coisas que aprecia: dia de chuva sem precisar sair de casa; o momento em que o avião toca no solo e vira automóvel; a parte do meio da torrada Petrópolis partida em três; pagar a última prestação; descobrir que ainda é cedo, dar tempo de tomar mais um; já ter lido Guerra e paz, Odisseia e Dom Quixote; passarinho solto; andar pela casa sem testemunhas, falando sozinho ou completamente nu; sair sem se despedir; e, naturalmente, fazer listas de pequenas coisas que o agradam.
Ainda, sugestões para trocas de títulos de livros famosos de amigos escritores, brincadeiras com pérolas da tradução literária, os princípios do que chama ""Lei Anti-Murphy"" - é destas e outras descobertas que No fim dá certo é composto.
Fernando Tavares Sabino nasceu em 12 de outubro de 1923. Publicou seu primeiro livro, Os grilos não cantam mais, ainda na adolescência. Recebeu, então, uma carta elogiosa de Mário de Andrade, dando início à preciosa correspondência entre ambos, mais tarde publicada sob o título Cartas a um jovem escritor. Foi sócio de Rubem Braga na Editora do Autor e na Editora Sabiá. Escreveu dezenas de livros, que se tornaram clássicos da literatura nacional, entre eles O encontro marcado, seu primeiro romance, O menino no espelho e a A faca de dois gumes. Em 1999, foi agraciado pela Academia Brasileira de Letras com o prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Sabino morreu em outubro de 2004, na véspera de completar 81 anos.
Escritor, jornalista, editor e cineasta, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, Fernando Sabino é uma das mais expressivas personalidades das letras brasileiras da segunda metade do século XX. Sua obra literária caracteriza-se pela capacidade de revelar, com fino senso de humor e ironia, o lado pitoresco e poético de fatos cotidianos. Filho do representante comercial Domingos Sabino e de Odete Tavares Sabino, o escritor teve seus livros traduzidos para diversos idiomas e foi agraciado com prêmios como o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (1999), e o Jabuti (1980), com O grande mentecapto. Com passagens pelos Estados Unidos e pela Europa, foi, além de adido cultural da embaixada do Brasil em Londres, colaborador dos principais jornais do Brasil. Sua obra é composta por mais de 40 livros. Morreu no Rio de Janeiro, no dia em que completaria 81 anos de idade. |
| ISBN | 9786555871166 |
| Autor(a) | Sabino, Fernando (Autor) |
| Editora | Record |
| Idioma | Português |
| Edição | 11 |
| Ano de edição | 2020 |
| Páginas | 244 |
| Acabamento | Brochura |
| Dimensões | 21,00 X 13,50 |
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