Morte, amor e filosofia em cinco histórias góticas, de atmosfera onírica, no grande clássico macabro de Álvares de Azevedo
Cinco histórias de atmosfera onírica, contadas por amigos que se deixam levar pelos vapores do vinho e do tabaco numa taverna. A dicotomia amor/morte, presente nas narrativas, surge nas figuras de mulheres trágicas e diáfanas em cenários lúgubres, não raro com a presença de túmulos, caixões e punhais.
O primeiro a contar sua história é Solfieri. A narrativa sombria é sobre uma mulher misteriosa e pálida que sofre de catalepsia. Por sua vez, Bertran fala de um duelo, uma virgem deflorada e uma estranha viagem de navio. Gennaro, um pintor, se envolve com a mulher e a filha de seu mestre, que prepara uma vingança. A história de Claudius Hermann se desenrola a partir do amor por uma duquesa e o assassinato de seu marido. Johann retoma o tema de outra história, o duelo – desta vez seguido de reviravoltas sobrenaturais.
As histórias são precedidas por uma discussão sobre filosofia, contrapondo materialismo e idealismo, exaltando a superioridade do segundo a partir de citações a Fichte e Schelling, e sobre o panteísmo de Spinoza.
Ana Rüsche é escritora e pós-doutoranda no departamento de teoria literária e literatura comparada na USP.Juntas organizam o livro Inesquecíveis: quatro séculos de poetas brasileiras, antologia crítica a ser publicada pela Bazar do Tempo em 2024. |
Manoel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852), chamado em família de Maneco, nasceu em São Paulo, mas cresceu no Rio de Janeiro. De volta a São Paulo para estudar direito, ficou conhecido entre seus pares na Faculdade do Largo São Francisco pelos poemas que corriam de mão em mão – suas obras só foram publicadas em livro depois de sua morte. Durante o curso, traduziu Shakespeare e Lord Byron e fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano. Por essa época o poeta foi acometido de uma tuberculose pulmonar, agravada por um tumor provocado pela queda de um cavalo. A causa de sua morte, contudo, é objeto de controvérsia. Além de Noite na taverna, o escritor deixou para a posteridade, entre outros, livros de poemas – destacando-se o volume Lira dos vinte anos –, fragmentos do romance O livro de Fra Gondicário, o drama Macário e diversos ensaios, além de cartas. Num artigo sobre Lira dos vinte anos, Machado de Assis escreveu: “Álvares de Azevedo era realmente um grande talento; só lhe faltou o tempo, como disse um dos seus necrólogos”. |
ISBN | 9786554610483 |
Autores | Azevedo, Álvares (Autor) ; Rüsche, Ana (Posfácio) ; Nastari, Silvia (Design) |
Editora | Carambaia |
Coleção/Serie | Edição Numerada |
Idioma | Português |
Grade curricular | Ensino Fundamental II |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 176 |
Acabamento | Capa Dura |
Dimensões | 18,00 X 13,00 |
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