“Esta é a história de Jesus e de seu irmão Cristo, de como nasceram, de como viveram e de como um deles morreu. A morte do outro não entra na história.” Haverá quem se incomode - e muitos já se incomodaram - com um começo assim, tão infiel à “verdade” dessa história. Logo que foi lançado, O bom Jesus e o infame Cristo chacoalhou a imprensa internacional.Ao revisitar uma das mais célebres narrativas do mundo ocidental, Philip Pullman retorna também à grande preocupação de leitores e ouvintes deste e de outros relatos, hoje e em todas as épocas: o que aconteceu de fato naquilo que nos é contado? Na encruzilhada em que invenção e realidade se tocam, assoma a curiosidade irresistível pelo que separa a História de uma história.Na engenhosa e fascinante reescrita do mito de Jesus a que se propõe Pullman, o personagem central assume duas personalidades: o primeiro, Jesus, é dado à imaginação dos milagres e do mistério sobre os quais, em última análise, será edificado o poder da Igreja; o segundo, Cristo, é, porém, um homem comum, realista em sua fé e intransigente nos princípios que deveriam, para ele, nortear a convivência humana. O bom Jesus e o infame Cristo lança novas luzes sobre quem foi o fundador do cristianismo. Não para contestar sua presença capital na conformação da cultura do Ocidente nestes últimos dois milênios, mas para alimentar o debate em torno, justamente, da duradoura sobrevivência desse relato. “Uma fábula muito corajosa e deliberadamente provocadora [...]. Pullman no melhor estilo, claro e conciso [...]. Uma narrativa ambiciosa, estimulante e profunda.” - The Guardian“Apesar de Pullman mostrar sua erudição de forma leve, como fazem os grandes contadores de histórias, não tenho dúvida de que ele domina perfeitamente a complexidade da busca por um Jesus histórico. Um livro belo e impetuoso, que [...] vai tocar até aqueles que discordam dele.” - Richard Holloway, The Observer
Sobre o autor(a)
Pullman, Philip
PHILIP PULLMAN é um dos escritores mais aclamados da atualidade. Sua obra mais conhecida é a trilogia Fronteiras do Universo, que foi selecionada como uma das cem melhores obras de todos os tempos pela revista Newsweek. Ele também ganhou vários prêmios importantes, incluindo o Carnegie Medal por A bússola de ouro; o Whitbread Prize por A luneta âmbar; e o Memorial Astrid Lindgren Prize, pelo conjunto da obra. Em 2004, Pullman foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico. Philip Pullman mora em Oxford, Inglaterra. |