O Ciclo De Gargântua E Outros Escritos (Obras Completas De Rabelais — 3)

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Terceiro e último volume das Obras completas de Rabelais publicadas pela Editora 34, O ciclo de Gargântua e outros escritos apresenta uma verdadeira miscelânea de narrativas, almanaques, cartas, versos, textos em prosa e tratados atribuídos ao autor, quase todos inéditos em português.


Abrindo com o chamado “Ciclo de Gargântua”, que inclui as Grandes crônicas e O verdadeiro Gargântua, publicados respectivamente em 1532 e 1533, esta coletânea traz em seguida os almanaques e prognosticações de Rabelais para os anos de 1533, 1535, 1541 e 1544. Exibindo na sequência a série completa de cartas do autor que sobreviveram até os nossos dias, que inclui uma missiva a Erasmo de Roterdã e uma súplica ao papa para não ser excomungado, o livro prossegue com um conjunto de poemas avulsos de Rabelais redigidos em grego, latim e francês.


A parte final do volume traz a Epístola do limusino, de 1536, a Ciomaquia, em que o autor relata um espetáculo marcial oferecido a diplomatas franceses e italianos em 1549, a Crisma filosofal, um pequeno texto em prosa, e um interessantíssimo Tratado do bom uso de vinho, cujo original se perdeu e foi resgatado a partir de uma tradução ao tcheco. Por fim, fechando a antologia, temos os 120 desenhos do livro Sonhos bufonescos de Pantagruel, publicado em Paris em 1565, doze anos após a morte de Rabelais. Somente séculos depois estes bizarros retratos foram identificados como sendo da autoria de François Desprez (c. 1530-1580).


Assim como nos volumes anteriores, os variados registros de linguagem de Rabelais são aqui recriados de forma brilhante pelo premiado tradutor Guilherme Gontijo Flores, autor também das notas introdutórias que abrem cada seção da coletânea, que indicam as referências históricas e literárias dos textos rabelaisianos e oferecem ao leitor um guia para conhecer as múltiplas facetas desse inimitável humanista francês.



Sobre os autores(as)

Rabelais, Francois

François Rabelais (1494-1553) foi escritor, padre e médico francês do Renascimento. Ficou para a posteridade como o autor das obras-primas cômicas Pantagruel e Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas. O escatologismo foi usado para condenação humorística. A exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária asseguraram a sua popularidade. Foi um sacerdote de fraca vocação, erudito apaixonado pelo saber, de espírito ousado e com propensão para as novidades e para as reformas. Depois de aparentemente ter estudado Direito, tornou-se franciscano e iniciou os seus contatos com o movimento humanístico, trocou correspondência com G. Budé e com Erasmo de Roterdam. Depressa adquiriu fama de grande humanista junto dos seus contemporâneos, mas a sátira religiosa, o humor escatológico e as suas narrativas cômicas abriram-lhe o caminho para a perseguição. A sua vida estava dependente do poder de várias figuras públicas, nos tempos perigosos de intolerância que se viviam na França. Por ordem da Sorbonne, viu confiscados os seus livros, tendo então passado para a ordem dos beneditinos. Interessou-se pelo Direito e sobretudo pela Medicina. Médico em Lyon, aí publicou uma edição dos Aforismos de Hipócrates, Pantagruel (1532), seguido por Gargântua (1534). A proteção do cardeal J. Du Bellay salvou-o da repressão da Sorbonne que lhe condenara a obra. Depois de receber a permissão para o abandono do hábito, obteve o doutoramento em Medicina. O Quarto Livro, concluído em 1552, só foi publicado 11 anos após a sua morte. Pretendeu libertar as pessoas da superstição e das interpretações adulteradas que a Idade Média alimentara, não indo entretanto contra o Evangelho nem contra o valor divino. A obra de Rabelais constituiu uma das mais originais manifestações da crença do homem nas suas capacidades, simbolizadas pelo gigantismo das personagens. Inimigo da Idade Média, atacou a cavalaria, a mania conquistadora, o espírito escolástico e sobretudo o sistema de educação.

Flores, Guilherme Gontijo

Guilherme Gontijo Flores nasceu em Brasília, em 1984. Poeta, tradutor e ensaísta, recebeu os prêmios APCA e Jabuti (tradução). É autor de, entre outros, História de Joia (Todavia).

Desprez, François

François Desprez nasceu por volta de 1530 e foi um editor, gravador e ilustrador francês. Estudou na Universidade de Paris em 1556, e em 1563 estabelece-se na rue Montorgueil como sócio da casa impressora Au Bon Pasteur. Em 1562 assina a dedicatória a Henrique de Navarra no Recueil de la diversité des habits, obra lançada por Richard Breton para a qual produziu anonimamente várias ilustrações. Também publicada por Breton, em 1565, mas como sendo de autoria de Rabelais, Les songes drolatiques de Pantagruel consiste em uma série de 120 retratos grotescos no estilo de Bosch e Bruegel, que só muito depois seriam atribuídos a Desprez. Em 1567 publica o Recueil des effigies des rois de France, de Baptiste Pellerin, pela Au Bon Pasteur, mesma época em que cria uma grande gravura satírica intitulada Mariage de Lucresse aux yeux de bœuf et Michault Crouppière (c. 1570). Faleceu em Paris, entre 1580 e 1587.
ISBN 9786555251579
Autores Rabelais, François (Autor) ; Flores, Guilherme Gontijo (Tradutor) ; Desprez, François (Ilustrador)
Editora 34
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2023
Páginas 456
Acabamento Brochura
Dimensões 23,00 X 16,00

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