O elefante , livro-poema de Carlos Drummond de Andrade, ganha uma nova edição ilustrada pela artista argentina Raquel Cané. “Fabrico um elefante / de meus poucos recursos”, escreve o narrador na introdução à história do simpático elefante, que, apesar de lento e meio desastrado, tem tanto a nos ensinar.Neste livro-poema, Carlos Drummond de Andrade recorre a esta figura que, para muitos, parece grotesca e de pouca sensibilidade, para apresentar tudo o que falta no mundo corrido e insensível de hoje. O elefante é a projeção dos sonhos e desejos de cada pessoa, é também um animal abarrotado de sentidos e descobertas: texturas, sabores, cheiros e sons; sensações, sentimentos – dores e alegrias. A alegoria criada pelo autor prepara o leitor, de pouca ou muita idade, a entender o que está em jogo na vida, ou seja, na fronteira da realidade com a fantasia. Também as ilustrações da artista argentina Raquel Cané ajudam a dar forma aos elefantes que existem em cada um de nós – além daquele que existiu em Drummond –, todos diferentes entre si, mas sempre dispostos a reformar este mundo que já não acredita na sabedoria dos bichos. Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Foi poeta, cronista e contista, firmando-se como um dos maiores nomes da literatura brasileira do século XX. É autor de clássicos como Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, Claro enigma, Fazendeiro do ar e Fala, amendoeira. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1987, aos 84 anos.
Sobre o autor(a)
Andrade, Carlos Drummond De
Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro. |