Uma das obras mais cultuadas de Fiódor Dostoiévski por veicular ideias pessoais e detalhes autobiográficos — e, também, uma das preferidas do autor —, O idiota mostra o conflito entre um jovem quixotesco, repleto de boas intenções e sinceridade, e a sociedade russa moderna, desencantada e movida à ganância.
Escrito originalmente em formato de folhetim, O idiota narra as desventuras do jovem epilético príncipe Míchkin. Dotado de uma pureza ímpar e expressando-se com sinceridade, este personagem choca-se com uma Rússia secular e desencantada, distante dos ideais cristãos de generosidade e movida por uma busca incessante por dinheiro e status.
Ao retornar a São Petersburgo após um tratamento médico, Míchkin envolve-se em triângulos amorosos da alta sociedade, centrados na disputa pela atenção de Nastássia Filíppovna, uma beldade multifacetada, muitas vezes interpretada como louca pelos homens que a cortejam. Apesar das boas intenções, a presença do príncipe provoca uma série de conflitos que dinamitam aquele círculo social dependente de aparências.
Em parte romance de ideias, em parte romance de costumes, que trata do nacionalismo russo e de um contexto sócio-histórico específico, a prosa de Dostoiévski reluz, em especial, ao contrapor o idealismo de Míchkin com o niilismo individualista de Ippolit, um rapaz tuberculoso despreocupado com a ética de suas ações.
Este livro oferece a análise severa e complexa que o mestre russo faz de uma sociedade moderna que perdeu seu norte moral — crítica que se mostra relevante até hoje, no capitalismo tardio. Afinal, que espaço há para as boas ações, a compaixão e a caridade em um mundo onde o dinheiro é a força motriz? As agruras do protagonista representam com agudeza a visão desoladora que Dostoiévski tinha de seu entorno, o que levou o escritor a defender as ideias contidas no romance até o fim de sua vida.
“Nada fica fora do terreno de Dostoiévski (…) Tirando Shakespeare, não existe leitura mais interessante.” — Virginia Woolf
É diretor-geral do Cepac – Pesquisa e Comunicação. Consultor político, pós-graduado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), fez estágio nas principais centrais patronais da França, da Inglaterra e da Espanha. É comentarista da rádio Jovem Pan, associado à World Association for Public Opinion Research (Wapor), fundadore diretor executivo da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), integrante do Centro de Estudos de Opinião Pública da Unicamp (Cesop), conselheiro da Fundação Konrad Adenauer e da Associação Comercial de São Paulo. Escreveu, em parceria com Fernando Henrique Cardoso, o paper “Reconciling capitalists with democracy: the Brazilian case”, apresentado na Itália e publicado na Inglaterra. Realizou palestras na maioria dos estados brasileiros e em países como França, Alemanha, Moçambique, Argentina, Chile, Peru, México e Venezuela. Colabora regularmente com artigos e declarações na imprensa nacional e internacional. |
Um dos maiores romancistas de todos os tempos, Dostoiévski nasceu em 1821, em Moscou, e morreu em 1881, em São Petersburgo. Escreveu numerosos romances, como Os irmãos Karamázov, O jogador e Memórias do subsolo. |
ISBN | 9788582852392 |
Autores | Dostoiévski, Fiódor (Autor) ; Figueiredo, Rubens (Tradutor, Introdução) ; Nunes, Alceu Chiesorin (Design) |
Editora | Penguin Companhia |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 944 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 20,00 X 13,00 |
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