O rio das almas flutuantes é romance ficcional inédito de Joel Rufino dos Santos que remete à época do Brasil Imperial e do Renascimento Egípcio do século XIX, e começa com a história do seu personagem símbolo, o nobre mulçumano Umar Rashid Bei, fugindo para Cachoeira, na Bahia, para instalar uma ponte inglesa em aço no rio Paraguaçu. Soma-se a esta história a do conterrâneo, Doutor Samíres, egípcio exilado que, antes de aqui aportar, passara por insólita aventura, de aprendiz de filósofo em Roma a escravo sexual no Daomé.
A trama, que começa pelo rio brasileiro que imita o Nilo, faz referências a personagens históricos e é rica na mistura dos cultos religiosos e elementos culturais, entre o sagrado e o profano da Bahia e do Egito, levando as almas flutuantes do passado de lutas, mortes, desejos e amores.
“Dono de uma prosa poética, Rufino parece que chama para a companhia de sua viagem, de água doce e salgada, outro barqueiro da língua portuguesa, José Saramago. As palavras escolhidas com esmero de lapidador, as idas e vindas do texto, com pequenas reflexões que vão corrigindo o dito, instalando uma aparente suspeita pela própria escrita; a pontuação e a forma como os diálogos são inseridos no texto, fazendo confundir as pessoas, a primeira e a terceira; as citações de gosto erudito, com jeito quase cômico por elas, assim como o manejo do vernáculo pouco usado e dos detalhes insólitos, de ambientes e personagens, tudo a serviço de um delicioso senso de humor, às vezes debochado, outras melancólico, sempre deixando a leitura leve e divertida.”
(posfácio de Rogério Athayde)
Escritor e professor, Joel Rufino dos Santos nasceu na zona suburbana carioca em 1941. Cursou História na antiga Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, onde começou sua carreira. Foi professor de pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ. Participou da coleção História Nova do Brasil, um marco da historiografia brasileira. Por seu ativismo político, se exilou no início da ditadura civil-militar (1964) e por três vezes foi preso, período em que escreveu para o filho cartas que deram origem ao livro Quando eu voltei, tive uma surpresa: cartas para Nelson (2000).Autor de vasta e premiada obra, publicou inúmeros livros de ficção e não-ficção para crianças, jovens e adultos. Foi duas vezes finalista do Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantojuvenil. |
ISBN | 9786556021065 |
Autor(a) | Rufino Dos Santos, Joel (Autor) |
Editora | Pallas |
Idioma | Português |
Faixa etária | Adolescentes (11-14) |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 144 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 20,50 X 13,50 |
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