No final do século XVIII, a vida de três jovens aristocratas cubanos sofre uma reviravolta com a chegada de um misterioso personagem que tenta disseminar as ideias da Revolução Francesa em todo o Caribe. Neste romance que é sua obra-prima, Alejo Carpentier recria toda uma época com minúcia arqueológica e reflete sobre os dilemas políticos da América Latina.
Na Havana barroca e tórrida do final do século XVIII, os irmãos Carlos e Sofia vivem a seu bel-prazer no palacete que herdaram com a morte do pai. Livres de obrigações familiares, partilham com o primo Esteban uma sensibilidade vagamente libertária, que não os levaria muito longe não fosse a chegada inesperada de uma figura misteriosa: Victor Hugues, entusiasta de Robespierre e emissário da Revolução Francesa para todo o Caribe.
Personagem real, Hugues leva a revolta a todas as ilhas e mesmo à terra firme, não hesitando sequer em mover guerra à jovem república norte-americana, que vê com desconfiança profética. Cada vez mais radical e mais solitário, Hugues recorre à guilhotina para manter o poder e levar a cabo a missão que julga suprema.
Com a chegada do comerciante francês, os três jovens heróis terão que pôr à prova seus ideais e seu caráter, num rito de passagem em que se entrelaçam a biografia de cada um e os rumos da história mundial.
O século das luzes é uma das mais profundas indagações literárias sobre os destinos do continente. O escritor cubano Alejo Carpentier começou a escrever o romance em 1956, na Venezuela, e o publicou em 1962, já de volta à Cuba de Fidel Castro e Che Guevara. Com esse livro, que chamava de "sinfonia caribenha", o autor levou ao virtuosismo as suas ideias sobre o "real maravilhoso" latino-americano e lançou as bases para o boom de autores como Vargas Llosa e García Márquez.
"Não existe outro romance hispano-americano mais admirado." — Otto Maria Carpeaux
ALEJO CARPENTIER nasceu em 1904, foi um escritor, músico e jornalista cubano de origem franco-suíça. Viveu longos períodos na França e na Venezuela. Retornou a Cuba em 1959, com a vitória da Revolução. Recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes no ano de 1977. Dele, a Companhia das Letras publicou O século das luzes e Concerto barroco. Carpentier morreu em 1980, em Paris, e foi enterrado em Havana, Cuba. |
Sérgio Molina nasceu em Buenos Aires em 1964, mas vive no Brasil desde os dez anos de idade. Estudou Ciências Sociais, Letras, Editoração e Jornalismo na USP. Em 1986, iniciou carreira de tradutor do espanhol e traduziu para o português mais de sessenta livros, de autores como Jorge Luis Borges, Max Aub, Ricardo Piglia, Antonio Muñoz Molina, Roberto Arlt, Mario Vargas Llosa, Tomás Eloy Martínez, Antonio Muñoz Molina, César Aira e Javier Cercas. Em 2006, passou a desenvolver paralelamente a atividade de editor. |
ISBN | 9788535936278 |
Autores | Carpentier, Alejo (Autor) ; Molina, Sérgio (Tradutor) ; Cadinot, Violaine (Design) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 4 |
Ano de edição | 2024 |
Páginas | 384 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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