O Segundo Livro Do Bom Pantagruel Rei Dos Dipsodos, Restituído A Seu Natural, Com Os Feitos E Proezas Espantosas

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Escrito em 1532, sob o pseudônimo Alcofrybas Nasier, Pantagruel é sucesso imediato, e terá várias reedições. Nesse mesmo ano sairá a Prognosticação Pantagruelina para 1533, com reedições subsequentes. Encorajado, Rabelais publica o Almanaque para o Ano 1533 já em nome próprio, e como como doutor em medicina e professor de astrologia.Inspirado num diabrete cuja função, entre outras, era a de jogar sal dentro da boca de bebedores para beberem mais, Pantagruel, com Rabelais, se transforma em personagem símbolo do Pantagruelismo, a filosofia dos que gozam da vida “em paz, alegria, saúde e sempre comendo bem”. A obra já contém em germe os elementos que Rabelais desenvolverá em torno desse personagem, agora gigantesco, e que crescerá em estatura moral mesmo que ocasionalmente diminuindo de tamanho, no Terceiro e Quarto Livro, já publicados pela Ateliê Editorial, no projeto de tradução iniciado há quinze anos, da Obra Completa de Rabelais comentada, anotada e com introduções por Élide Valarini Oliver.O livro introduz o leitor a Panurge, o anti-herói provocador, mercurial, pícaro, libertino, canalha, covarde, e ao grupo de outros personagens que acompanham Pantagruel em suas aventuras nas obras seguintes. A obra corre em paralelo com o segundo livro publicado por Rabelais, Gargantua, e alcança, além de todo o humor e aventura, diretamente o leitor contemporâneo quando postula temas perenes como a invasão e a guerra.O âmbito linguístico usado por Rabelais prima pela plasticidade com que o autor cria e transforma a linguagem, empregando registros que passam rapidamente do erudito ao coloquial. Trocadilhos intraduzíveis, sintaxe, vocabulário, rimas, ritmo, voz e a língua francesa do século dezesseis. A tudo isso deve o tradutor fielmente responder, o que torna a tradução de Rabelais mais do que um desafio, um ato de coragem.A presente tradução é feita diretamente a partir da primeira edição e posteriores correções do autor, publicada por Claude Nourry, em Lyon (1532).
Sobre os autores(as)

Rabelais, Francois

François Rabelais (1494-1553) foi escritor, padre e médico francês do Renascimento. Ficou para a posteridade como o autor das obras-primas cômicas Pantagruel e Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas. O escatologismo foi usado para condenação humorística. A exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária asseguraram a sua popularidade. Foi um sacerdote de fraca vocação, erudito apaixonado pelo saber, de espírito ousado e com propensão para as novidades e para as reformas. Depois de aparentemente ter estudado Direito, tornou-se franciscano e iniciou os seus contatos com o movimento humanístico, trocou correspondência com G. Budé e com Erasmo de Roterdam. Depressa adquiriu fama de grande humanista junto dos seus contemporâneos, mas a sátira religiosa, o humor escatológico e as suas narrativas cômicas abriram-lhe o caminho para a perseguição. A sua vida estava dependente do poder de várias figuras públicas, nos tempos perigosos de intolerância que se viviam na França. Por ordem da Sorbonne, viu confiscados os seus livros, tendo então passado para a ordem dos beneditinos. Interessou-se pelo Direito e sobretudo pela Medicina. Médico em Lyon, aí publicou uma edição dos Aforismos de Hipócrates, Pantagruel (1532), seguido por Gargântua (1534). A proteção do cardeal J. Du Bellay salvou-o da repressão da Sorbonne que lhe condenara a obra. Depois de receber a permissão para o abandono do hábito, obteve o doutoramento em Medicina. O Quarto Livro, concluído em 1552, só foi publicado 11 anos após a sua morte. Pretendeu libertar as pessoas da superstição e das interpretações adulteradas que a Idade Média alimentara, não indo entretanto contra o Evangelho nem contra o valor divino. A obra de Rabelais constituiu uma das mais originais manifestações da crença do homem nas suas capacidades, simbolizadas pelo gigantismo das personagens. Inimigo da Idade Média, atacou a cavalaria, a mania conquistadora, o espírito escolástico e sobretudo o sistema de educação.

Dore, Gustave

Gustave Doré (Estrasburgo,1832—Paris, 1883) foi um pintor, desenhista e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros de meados do século XIX. Aos treze anos já desenhava as suas primeiras litogravuras e aos catorze publicou seu primeiro álbum, intitulado “Les travaux d’Hercule” (“Os Trabalhos de Hércules”). Seus desenhos eram esboçados em madeira para depois serem concluídos em papel. Com aproximadamente 25 anos, começou a trabalhar nas ilustrações de O Inferno de Dante. Em 1868, Doré terminou as ilustrações de O Purgatório e de O Paraíso, e publicou uma segunda parte incluindo todas as ilustrações de A Divina Comédia. Seguiu sua carreira de ilustrador sempre preenchendo as páginas dos livros: Contos jocosos, de Honoré de Balzac; Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes; O Paraíso Perdido, de Milton; Gargântua e Pantagruel, de Rabelais; O Corvo, de Edgar Allan Poe; a Bíblia; A Balada do Velho Marinheiro, de Samuel Taylor Coleridge; contos de fadas de Charles Perrault, como Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, A Bela Adormecida e Cinderela, entre outras obras–primas. Ilustrou também alguns trabalhos do poeta inglês Lorde Byron, como As Trevas e Manfredo. Além da prodigiosa capacidade de desenhar e recriar a forma humana e a fantasia criada pelos autores, Doré teve uma vida próspera e de reconhecimento e fama. Teve romances com as mulheres mais famosas do século XIX como a atriz Sarah Bernhardt e a cantora de opera Adelina Patti. Quando morre em 1883 Doré deixou incompletas as ilustrações para uma obra de Shakespeare.

Oliver, Élide Valarine

Élide Valarini Oliver é poeta, tradutora e professora de literatura brasileira e literatura comparada da Universidade da Califórnia, Santa Barbara. Sua tradução comentada de O Terceiro Livro dos Fatos e Ditos Heroicos do Bom Pantagruel, de François Rabelais, recebeu o prêmio Jabuti em 2007. Traduziu também O Quarto Livro dos Fatos e Ditos Heroicos do Bom Pantagruel, publicado também pela Ateliê Editorial. Publicou Rabelais e Joyce - Três Leituras Menipeias, pela Ateliê, na Coleção Estudos Literários.
ISBN 9786555800555
Autores Rabelais, François (Autor) ; Oliver, Élide Valarine (Tradutor) ; Doré, Gustave (Ilustrador)
Editora Ateliê Editorial
Coleção/Serie Clássicos Comentados
Idioma Português
Grade curricular Ensino Universitário
Edição 1
Ano de edição 2022
Páginas 264
Acabamento Capa Dura
Dimensões 27,00 X 18,00
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