Policarpo Quaresma ama o Brasil. Ama porque é a terra mais fértil do mundo, porque tem a fauna e a flora mais lindas e exuberantes, porque é a cultura mais rica, a melhor comida, em variedade e sabores, porque possui as mulheres mais belas e, segundo ele, até mesmo... os melhores governantes. Funcionário público, fluente em tupi, estudioso da cultura indígena e grande apreciador das modinhas de violão — para ele, o único estilo de música verdadeiramente nacional —, Policarpo, como Dom Quixote de La Mancha, enfrenta moinhos de vento para provar a todos o seu ponto de vista, bradar ao mundo o amor por sua musa, não a Srta. Dulcineia de Toboso, mas a mui amada pátria brasileira. Mas, afinal, que fim poderia ter a aventura de Policarpo? Repleto de personagens fortes e carismáticos, o romance de Lima Barreto é, ao mesmo tempo, um ensaio sobre o idealismo, uma crítica profunda, mas permeada de comicidade, da realidade brasileira do fim do século XIX e início do XX e um retrato das mudanças pelas quais o Brasil passava naquele momento, como o despertar do feminismo. Lindo, inteligente, comovente! Um clássico da literatura nacional.
Sobre o autor(a)
Barreto, Lima
Lima Barreto (1881-1922) foi um escritor, jornalista e um dos mais importantes romancistas brasileiros do início do século XX. Conhecido por seu estilo crítico e sua defesa dos direitos sociais, suas obras frequentemente abordam questões raciais, sociais e políticas. Apesar das dificuldades pessoais e profissionais, Barreto deixou um legado literário que continua a influenciar gerações. |