Nova antologia faz o percurso dos primeiros ensaios à maturidade de Mario Pedrosa, o maior crítico brasileiro do século XX, que influenciou gerações de artistas ao longo de sua atuação no meio cultural durante mais de cinquenta anos.
Seleta da produção ensaística de Mario Pedrosa, publicada primeiramente nas folhas do jornalismo entre 1927 e 1951, este volume atesta o percurso de um “intelectual que conseguiu conciliar uma visão universal e o interesse pelas coisas do mundo como um todo com uma ligação profunda e uma devoção afetiva às coisas do seu país, ao quintal de sua infância e às maneiras de falar das gentes de seu povo”, como diz Quito Pedrosa, organizador desta edição.
Aqui, textos célebres como “As tendências sociais da arte e Käthe Kollwitz”, primeiro artigo considerado propriamente uma crítica marxista de arte, figuram junto com outros menos conhecidos, como a resenha ao filme Scarface, de Howard Hawks. Somam-se a eles ensaios dedicados ao trabalho de Portinari, Calder, Guignard, para citar apenas alguns, além de textos que abarcam o abstracionismo e a função da crítica de arte, entre tantos outros. Livro essencial que sobrevoa a trajetória intelectual de um fino intérprete do país, Obra crítica, vol. 1: Das tendências sociais da arte à natureza afetiva da forma (1927 a 1951) reafirma o lugar de Mario Pedrosa como o maior crítico de arte do século XX.
“A leitura de Mario Pedrosa é obrigatória para a compreensão da arte moderna brasileira e por extensão do Brasil em seu momento de extraordinário impulso e vigor modernos. Se a sua personalidade pode ser entendida como circunscrita aos limites históricos do seu tempo, o crítico, entretanto, está vivo.” — Paulo Venancio Filho, no posfácio desta edição.
MARIO PEDROSA nasceu em 25 de abril de 1900, em Timbaúba, interior de Pernambuco. Formou-se em direito, no Rio de Janeiro, tendo depois se mudado para São Paulo, onde dedicou-se ao jornalismo. Em 1946, criou a seção de artes plásticas no Correio da Manhã, para a qual colaborou regularmente até 1951. Foi membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e atuou na formação do Partido dos Trabalhadores (PT). Grande expoente no campo nacional da crítica artística, escreveu o primeiro ensaio brasileiro de inspiração marxista sobre artes plásticas. |
Quito Pedrosa é compositor, saxofonista e violonista. Além da música, desenvolve trabalhos em artes plásticas, fotografia, vídeo e poesia. Organizou as cronologias sobre seu avô, Mário Pedrosa, para as publicações Mário Pedrosa Primary Documents, editada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), e De la naturaleza afectiva de la forma, pelo Museu Nacional Centro de Artes Rainha Sofia, de Madri. Desde 2017 colabora na organização da Plataforma Mário Pedrosa Atual, que congrega pesquisadores e que realiza seminários, cursos e laboratórios, como os realizados junto ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 2018 e ao Museu de Arte do Rio em 2019. |
ISBN | 9788535935677 |
Autores | Pedrosa, Mario (Autor) ; Pedrosa, Quito (Compilador) ; Trench, Daniel (Design) ; Venancio Filho, Paulo (Posfácio) |
Editora | Companhia Das Letras |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 456 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 16,00 |
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade