Kate Beaton se formou e não tem como pagar o financiamento estudantil, por isso resolve deixar a terra natal e seguir tantos outros que foram trabalhar em campos de petróleo em busca de um bom salário. Isolada num mundo dominado por trabalhadores homens, a jovem descobre um mundo marcado pelo assédio diário e pelo sexismo. Com humor e sensibilidade, neste quadrinho ela faz uma síntese da história do Canadá, da política econômica e de sua experiência individual. Kate nos expõe, num relato contundente e íntimo, a violência no ambiente de trabalho, nas relações humanas e na exploração dos recursos naturais.Prêmio Eisner de melhor quadrinho autobiográfico (2023)Prêmio Eisner de melhor roteirista/artista (2023)Antes de Kate Beaton se tornar uma quadrinista reconhecida, com tiras e ilustrações publicadas em diversas revistas, existia a Katie Beaton dos Beatons de Cape Breton, da costa leste do Canadá. Mais especificamente de Mabou, uma comunidade à beira-mar onde as lagostas são tão abundantes quanto as praias, os violinos e as canções gaélicas.Recém-graduada, sem emprego e sem perspectiva de quitar o empréstimo estudantil, Katie decide ir para o oeste a fim de participar da “corrida do petróleo de Alberta”. Junta-se a tantos habitantes da costa leste que abandonaram a tão amada terra natal em busca de um emprego com bom salário.Em pouco tempo nos campos, Katie depara com a dura realidade da vida nas areias betuminosas, onde o trauma éuma ocorrência diária – embora jamais seja discutido.Patos - dois anos nos campos de petróleo é uma história que não costuma ser contada, a história de um território que se orgulha de seu etos igualitário e de sua beleza natural ao mesmo tempo que explora as riquezas de terras roubadas tanto quanto a vida de povos originários.Além de ter ganhado vários prêmios e de ter sido muito elogiada, a obra trata de temas fundamentais e contemporâneos, como a violência colonial, o sexismo no mundo do trabalho, a exploração implacável de recursos naturais -- e tudo isso num relato autobiográfico de uma jovem recém-formada.O livro recebeu vários prêmios, inclusive um bem recente, o mais importante nos quadrinhos: o prêmio Eisner. Ganho em duas categorias: melhor obra autobiográfica em quadrinhos e também melhor roteirista/artista.Algumas menções importantes:Entre os livros favoritos de Barack Obama em 2022Entre os livros mais importantes de 2022 na lista do jornal The New York Times Entre os melhores livros de 2022 para New Yorker, Time, NPR, Chicago Tribune e Washington Post Best-seller da Time (entre os 10 mais vendidos de não ficção em 2022)Melhor quadrinho na lista da Publishers Weekly 2022 (enquete entre os críticos da área)Entre os Top 10 de 2022 da Publishers Weekly Melhor quadrinho de 2022 para a Forbes Mehor quadrinho de 2002 para o The Guardian
Sobre o autor(a)
Beaton, Kate
KATE BEATON nasceu e cresceu em Cape Breton, Nova Escócia, no Canadá. Após se graduar na Universidade Mount Allison com um diploma duplo em História e Antropologia, mudou-se para Alberta em busca de um trabalho que lhe permitisse quitar seu financiamento estudantil. Durante os anos que passou no Oeste, Beaton começou a criar e publicar tirinhas. Hark! A Vagrant conseguiu logo muitos leitores em todo o mundo.As coletâneas de suas tiras Hark! A Vagrant e Step Aside, Pops passaram vários meses na lista de best-sellers de quadrinhos do New York Times. E estavam na lista de melhores do ano na Time, The Washington Post, Vulture e NPR Books. Além de ter ganhado os prêmios Eisner, Ignatz, Harvey e Doug Wright, ela também publicou os livros infantis King Baby e The Princess and the Pony.Com Patos, Beaton ganhou em 2023 o prêmio Eisner em duas categorias: melhor obra autobiográfica em quadrinhos e também melhor roteirista/artista. |