Publicados como folhetim na revista A Estação entre 1886 e 1891, os textos de Quincas Borba foram compilados em um volume único pela primeira vez em 1892, ano de sua primeira publicação.
Ao lado de Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, este livro faz parte da trilogia realista de Machado de Assis, na qual o autor se utiliza da ironia e do pessimismo para tecer críticas à sociedade.
Ao contrário do que o título sugere, o livro não se centraliza no filósofo Quincas Borba — que já aparecia em Memórias póstumas de Brás Cubas —, mas em seu herdeiro, o ingênuo Rubião.
Com a fortuna herdada, o rapaz se muda para o Rio de Janeiro, onde será manipulado pelo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia.
A sociedade de aparências e o parasitismo social são os principais alvos de Machado nesta obra.
O cientificismo e o positivismo de Comte, muito em voga no século XIX, também não escapam da veia irônica do autor. Quincas Borba é uma de suas maiores obras.
Joaquim Maria Machado de Assis foi tipógrafo, jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e dramaturgo, sendo o maior escritor brasileiro e um dos grandes da literatura brasileira e universal. Nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, e faleceu na mesma cidade, em 29 de setembro de 1908. Nascido no Morro do Livramento, filho do pintor de paredes e dourador negro Francisco José de Assis e da costureira portuguesa Maria Leopoldina da Câmara Machado, viveu uma infância humilde, sofrendo a perda da mãe aos 10 anos de idade. Em 1855, Paula Brito dá a Machado de Assis um emprego como aprendiz de tipógrafo em sua oficina e acaba por apresentar a ele o meio intelectual da época. Como nos lembra Luiz Ruffato em seu prefácio à esta antologia, desde então Machado manterá, até a morte, frequente colaboração em jornais e revistas, publicando poemas, crônicas, contos, peças de teatro, ensaios e romances em folhetim. Dedica-se também à carreira burocrática, de 1867 até dois meses antes de sua morte, quando ainda dava expediente no Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas como diretor-geral de Contabilidade, atuando ainda, em paralelo, como jornalista. De sua vastíssima obra, destacam-se quatro romances fundamentais (“Memórias póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Dom Casmurro” e “Esaú e Jacó”); dois ensaios basilares (“O ideal do crítico” e “Instinto de nacionalidade”); quatro poemas dignos de figurar em qualquer antologia do gênero (“Círculo vicioso”, “Uma criatura”, “Soneto de Natal” e “A Carolina”); e pelo menos duas dúzias de obras-primas da narrativa curta. Tinha 19 anos quando publicou seu primeiro texto de prosa ficcional, “Três tesouros perdidos”, e o último, “O escrivão Coimbra”, um ano e oito meses antes de morrer. |
Jair Lot Vieira é bacharel em Direito pela Instituição Toledo de Ensino e bacharel em Comunicação Social pela Fundação Educacional de Bauru, atual Unesp – Universidade do Estado de São Paulo. Há mais de 40 anos dedica-se à edição de obras jurídicas e de legislação profissional. |
ISBN | 9788567097725 |
Autores | Assis, Machado De (Autor) ; Lot Vieira, Jair (Editor) |
Editora | Via Leitura |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2019 |
Páginas | 224 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
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