“Não era uma vez. Eram três…”. Assim inicia esta fabulosa narrativa de Bartolomeu Campos de Queirós marcada pela invenção e fantasia em torno do número três.
Sei por ouvir dizer é um livro sensível e divertido que brinca de forma até poética com as possibilidades do terceiro numeral para nos mostrar como todas as coisas podem ser muitas. Uma senhora que é três, que tem três nomes, três idades, três aniversários, três cidades de nascimento, três cidades para partir, três óculos…
“Três pares de óculos. Um para ver o perto, outro para ver o longe e o terceiro para procurar os dois.”
Esses óculos surpreendentes trarão muita diversão e reflexão para quem tiver a sorte de coloca-los. É o que ocorre com o menino que nos apresenta a história. Ele não conheceu a senhora, mas encontrou os óculos e ouviu muitos dizeres. Tudo isso o levou a fabulações fantásticas que o aproximaram dos mistérios da senhora (que é três), de si mesmo e da saudade.
As coloridas, ingênuas e marcantes ilustrações de Suppa dão vida a esse faz de conta que nos revela os encantos de encarar o mundo por várias lentes.
“Assim vivo de real em real, de fantasia em fantasia. E quanto mais sonho, mais acordado estou. Posso afirmar que todos nascemos com três pares de óculos. É uma cortesia que a vida nos faz. O difícil é saber usá-los.”
Suppa nasceu em Santos, SP, é arquiteta e pintora. Estudou em Paris, onde viveu por mais de 20 anos e construiu sua carreira como ilustradora de livros, revistas e publicidade. Trabalhou nas histórias em quadrinhos do Comandante Jacques Cousteau!Retornou ao Brasil, ilustrou mais de 180 livros infantis e ganhou três Prêmios Jabuti. |
Bartolomeu Campos de Queirós viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto de “laranja-serra-d’água” no interior de Minas Gerais. Posteriormente, instalou-se em Belo Horizonte, onde residiu e trabalhou. Seu interesse pela literatura e pelo ensino de arte o fez viajar muito pelo Brasil.Bartolomeu conheceu as cidades apreciando azulejos e casas pacientemente; um andarilho atento a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas de um lugar. Com o mesmo encanto na alma, observava os rios da Amazônia, dos quais costumava sentir saudades quando estava em Minas. Só fazia o que gostava; não cumpria compromissos sociais e nem tarefas que não lhe pareciam substanciais. Dizia ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias vezes.“Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar.”Em 1974, publicou seu primeiro livro, O Peixe e o Pássaro. Desde então, firmou seu estilo de escrita com uma prosa poética da mais alta qualidade. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios, dentre os quais o Jabuti, uma das maiores condecorações literárias do país. Faleceu em janeiro de 2012, aos 67 anos, em decorrência de insuficiência renal, deixando sua obra como maior legado.Pela Global Editora, Bartolomeu publicou os seguintes títulos: Cavaleiros das Sete Luas; Ciganos; Flora; Indez; Ler, Escrever e Fazer Conta de Cabeça; Para Criar Passarinho; Rosa dos Ventos e Vermelho Amargo. |
ISBN | 9786556125398 |
Autores | Campos De Queirós, Bartolomeu (Autor) ; Suppa (Ilustrador) |
Editora | Global |
Idioma | Português |
Edição | 3 |
Ano de edição | 2024 |
Páginas | 40 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 26,00 X 18,00 |
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