Nasceu na Alemanha, região da Baviera, em 1898. Poeta, romancista, dramaturgo e teórico do teatro, é considerado um dos mais importantes escritores do século XX.Aos 18 anos, Brecht foi para Munique a fim de estudar medicina. A Primeira Guerra Mundial estourou dois anos depois e o jovem estudante foi convocado para servir como enfermeiro em um hospital militar. Nesse cenário de dor, Brecht teve o primeiro contato com a crueldade humana e com as injustiças sociais e escreveu um impactante poema, que o tornaria conhecido: “Balada do soldado morto”. Dedicou-se, a partir de então, a atividades artísticas, principalmente ao teatro, obtendo reconhecimento de público e crítica. Mais que um autor comprometido em registrar a sociedade de seu tempo, Brecht tinha a convicção da importância da literatura e do teatro para propiciar a conscientização política dos leitores e dos espectadores, levando-os, assim, a uma atitude crítica e, portanto, atuante.Em 1933, com a chegada do nazismo, viu-se obrigado a se exilar, percorrendo, então, diversos países, como Áustria, Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e Estados Unidos. Em 1948, regressou à então Alemanha Oriental, onde, com a esposa, a atriz Helene Weigel, fundou o Berliner Ensemble, no qual montou suas próprias peças, aquelas que viriam a revolucionar o conceito de dramaturgia, tornando-o mundialmente conhecido, como Mãe coragem, Os fuzis da senhora Carrar e outras tantas.Mesmo tendo sido alvo de perseguição nos lugares por que passou, Bertolt Brecht nunca deixou de escrever. Usou seus textos como ferramenta para apresentar ideias humanistas, pacifistas e que refletiam a ideologia de um homem de esquerda de sua época. O povo sempre foi tema predominante em suas obras, fosse na poesia, fosse no teatro. Os pobres, os infelizes, os injustiçados, os condenados a uma vida indigna são personagens constantes – operários, soldados, ladrões, mendigos, crianças, órfãos, viúvas de guerra, mulheres abandonadas. Em seus textos, todos puderam ter voz.A cruzada das crianças, publicada inicialmente em Histórias de almanaque, no ano de 1948, conta a trágica história das pequenas vítimas da brutalidade da guerra dos adultos. De forma pungente e terna, Brecht consegue traduzir em seus versos, cuidadosamente metrificados, todo o desespero, o desamparo, a solidariedade, a amizade, a perseverança e a esperança que emergiam, constantemente, do coração das crianças durante a peregrinação.Em 1954, recebeu o Prêmio Lênin da Paz. Morreu em Berlim, no dia 14 de agosto de 1956, conhecido e admirado até mesmo por seus adversários. |
Laura Brauer é atriz, diretora e professora de interpretação. Especializou-se em Teatro Político. Estudou Teatro do Oprimido com Augusto Boal e a metodologia do trabalho do ator de Bertolt Brecht na Alemanha. Obteve bolsas da Secretaria de Cultura Argentina, do Goethe Institut e do International Theater Institut (ITI) para realizar pesquisas acerca do trabalho de direção e atuação de Brecht em Berlim. Nessa cidade, participou de cursos de atuação e direção na Escola Ernst Busch e realizou experiências com teatro documentário no Berliner Festspiele. Realizou diversos trabalhos teatrais vinculados a estas propostas no Brasil, no Uruguai, na Alemanha, em Portugal, na Inglaterra e na Argentina, em instituições como presídios, escolas, organizações sociais e teatros. |
Werner Hecht (1926-2017) estudou com Hans Mayer e Ernst Bloch em Leipzig e escreveu sobre a trajetória de Bertolt Brecht em direção ao teatro épico. Em 1959, foi chamado por Helene Weigel para o setor de direção e dramaturgia do Berliner Ensemble, onde permaneceu até 1974, em grande medida se ocupando do contato com o público do teatro. Nos anos 1970 desliga-se do Berliner Ensemble e, a pedido de Weigel, inicia com Elisabeth Hauptmann o trabalho de edição dos escritos de Brecht, processo que culmina na publicação das obras completas do autor (Große kommentierte Berliner und Frankfurter Ausgabe), da qual foi um dos organizadores. Como pesquisador, publicou livros sobre o escritor alemão e Helene Weigel, e foi roteirista de diversos filmes, alguns deles sobre a vida e a obra de Brecht. |
Pedro Mantovani é professor, pesquisador, diretor de teatro e tradutor. Formado em filosofia e artes cênicas, realizou mestrado e doutorado sobre O declínio do egoísta Johann Fatzer, traduzindo essa peça inacabada de Bertolt Brecht, no Departamento de Filosofia da FFLCH-USP. Realizou pesquisa teórica no arquivo Brecht em Berlim. Desde os anos 2000, participou de diversos experimentos épicos com coletivos teatrais da cidade de São Paulo. Realizou trabalhos de investigação cênica prática na Argentina e no México. Deu aulas teóricas e práticas na Escola Livre de Teatro de Santo André, entre outras instituições. |
ISBN | 9786555251104 |
Autores | Brecht, Bertolt (Autor) ; Brauer, Laura (Tradutor) ; Mantovani, Pedro (Tradutor) ; Hecht, Werner (Compilador) |
Editora | 34 |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2022 |
Páginas | 288 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 21,00 X 14,00 |
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade