Sobre A Violência..-

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Vivemos em meio a uma escalada mundial de destruição e guerras. Como compreender esse momento?

 

Sobre a violência é um dos títulos mais importantes da vasta obra da pensadora alemã de origem judaica Hannah Arendt. Escrito entre 1968 e 1969, quando autora já estava exilada nos Estados Unidos, este ensaio é reflexo do desejo de compreender um momento político extremado. O Ocidente, especialmente a Europa, procurava reerguer-se da recém-finda Segunda Guerra, mas, a tônica mundial ainda era de conflito com as guerras pela independência nos países africanos, a emergência de ditaduras na América do Sul, a guerra do Vietnã e a ameaça atômica. O movimento estudantil havia apresentado, em maio de 1968, em Paris, protestos que marcaram o sentimento de uma geração. O grito de “não violência” perdia espaço diante do debate sobre o papel dos meios violentos de resistência às opressões.

O caldo político e filosófico era complexo, repleto de personagens, desejos e propostas de ação. Já não bastavam análises maniqueístas e, justamente, a partir dos problemas concretos é que Arendt se propôs a avaliar a questão da violência. Se a tradição não conseguia mais explicar os fatos, esses acontecimentos passaram a ser abordados a partir do seu imediatismo perante a história da humanidade. As rupturas do século XX são, portanto, temas recorrentes para a pensadora. Ali, o futuro reflete um passado violento que encontrou na revolução tecnológica (lembremos da bomba atômica) um modo de realizar-se politicamente.

Conhecimento e saber podem ser caminhos para uma não glorificação da violência. Para compreender esse fenômeno é preciso tratar da criação e da manutenção da violência – e aí está a originalidade de sua abordagem. Na contramão da tradição do pensamento, Arendt diferencia poder e violência, argumentando que o primeiro – sendo inerente a qualquer grupo político – é uma faculdade comunitária, exercida no conjunto. Assim, a segunda só pode se mostrar como uma força oposta e contrária a esse vigor – a violência destrói o poder, não o cria.

A escalada de formas de agir brutais e destrutivas no século XX é comentada de modo preciso. A partir da modernização da indústria, da massificação dos desejos, da burocratização da vida e do esfacelamento do senso comunitário, Arendt monta um complexo quebra-cabeça político e social – uma análise ainda relevante para compreender os fenômenos políticos e sociais atuais.

Sobre a violência é um livro primoroso de Hannah Arendt, que aborda grandes questões da existência humana: a convivência, o poder, a brutalidade, o medo e a vitalidade.

 

“Incisivo, escrito com clareza e elegância, este livro fornece a estrutura ideal para compreender a turbulência do nosso tempo.” — The Nation

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Hannah Arendt (1906 - 1975) foi uma das mais brilhantes e originais pensadoras políticas do século XX. Ensaísta e filósofa prolífica durante toda a vida, foi aluna de filosofia de Karl Jaspers na Universidade de Heidelberg. Foi professora de filosofia política na New School for Social Research por muitos anos e professora-visitante no Committee on Social Thought na Universidade de Chicago. Pela Civilização Brasileira, publicou A vida do espírito.

Sobre o autor(a)

Arendt, Hannah

HANNAH ARENDT Nasceu em 1906, na Alemanha. Sua família, originária de Königsberg, na Prússia Oriental, era formada por intelectuais e profissionais liberais judeus. Teve como mestres os filósofos Martin Heidegger e Karl Jaspers, tendo este último orientado sua tese de doutorado sobre Santo Agostinho. Por ter participado de atividades ligadas ao movimento sionista, foi presa em 1933 e escapou para a França, onde viveu até 1941. Nesse período, casou com Heinrich Blücher e fez amizade com Walter Benjamin. Em 1941, depois de uma permanência em um campo de refugiados no sul da França, foi para Nova York, onde se instalou definitiva¬mente, tendo adotado a cidadania americana. Nos anos seguintes, acompanhou os acontecimentos na Europa e preparou As origens do Totalitarismo de 1951. A parte mais importante de sua obra data dos anos 1950 e 1960. Em A condição humana (1958), estabele¬ceu as bases da sua teoria política. Entre o passado e o futuro (1961) reúne ensaios de crítica dos tempos som¬brios do século XX. Sobre a revolução (1963) compara as duas grandes revoluções modernas – a americana e a francesa. Envolveu-se em 1963 na polêmica em torno do livro Eichmann em Jerusalém (1963). Em pauta esta¬va o significado do subtítulo do livro: Um relato sobre a banalidade do mal. Também nos anos 1960, foram pu¬blicadas suas intervenções no debate político, em Sobre a violência (1970) e Crises da República (1972). Os anos 1970 foram dedicados à filosofia e a compor A vida do espírito – última obra, inacabada – em que foram con-sideradas as atividades do pensar, do querer e do julgar. Hannah Arendt morreu em 1975, nos Estados Unidos. Em 2018 a Bazar do Tempo publicou Ação e a busca da felicidade, coletânea de quatro textos da autora, inéditos no Brasil.
ISBN 9786558020585
Autores Arendt, Hannah (Autor) ; Duarte, André (Tradutor)
Editora Civilização Brasileira
Idioma Português
Grade curricular Ensino Fundamental II
Faixa etária Adolescentes (11-14)
Edição 15
Ano de edição 2022
Páginas 154
Acabamento Brochura
Dimensões 22,50 X 15,50
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