José Paulo Paes (1926-98) foi poeta, tradutor e crítico literário. Os seus treze livros de poesia, de O aluno (1947) a Socráticas (2001), foram reunidos postumamente em Poesia completa (São Paulo: Companhia das Letras, 2008). Dentre diversos volumes de ensaio, vale destacar Gregos e baianos (São Paulo: Brasiliense, 1985), A aventura literária (São Paulo: Companhia das Letras, 1990), Os perigos da poesia (Rio de Janeiro: Topbooks, 1997) e O lugar do outro (Rio de Janeiro: Topbooks, 1999). Como tradutor, além das reflexões recolhidas em Tradução: A ponte necessária, aspectos e problemas da arte de traduzir (São Paulo: Ática, 1990), verteu para o português poetas como Kaváfis, Rilke, W. H. Auden, William Carlos Williams, além de romancistas como Laurence Sterne e Joseph Conrad. Também contribuiu com a literatura infantil, publicando Olha o bicho (São Paulo: Ática, 1989), Poemas para brincar (São Paulo: Ática, 1990; prêmio Jabuti), Uma letra puxa a outra (São Paulo: Companhia das Letras, 1992; prêmio Jabuti), Um passarinho me contou (São Paulo: Ática, 1996; prêmio Jabuti), entre outros. |
Henriqueta Lisboa (1901-1985), poeta mineira considerada pela crítica um dos grandes nomes da lírica modernista, dedicou-se à poesia, ensaios e traduções. Nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1901, filha do farmacêutico e deputado federal João de Almeida Lisboa e de Maria Rita Vilhena Lisboa. Formou-se normalista pelo Colégio Sion de Campanha, MG, e, em 1924, mudou-se para o Rio de Janeiro. Dedicou-se à poesia desde muito jovem. Com Enternecimento, publicado em 1929, de forte caráter simbolista, recebeu o Prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Aderiu ao Modernisno por volta de 1945, fortemente influenciada pela amizade com Mário de Andrade, com quem trocou rica correspondência entre os anos de 1940 e 1945. Sua produção inclui, além da poesia, inúmeras traduções, ensaios e antologias. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras em 1963. Em 1984, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra. Foi professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica (Puc Minas) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Poeta sensível, dedicou sua vida à poesia. Considerada um dos grandes nomes da lírica modernista pela crítica especializada, Henriqueta manteve-se sempre atuante no diálogo com os escritores e intelectuais de sua geração e angariou muitos leitores ilustres durante sua vida, dentre eles Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Gabriela Mistral. Sobre sua poesia, Drummond nos deixou o seguinte testemunho: \"Não haverá, em nosso acervo poético, instantes mais altos do que os atingidos por este tímido e esquivo poeta.\" Henriqueta faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985. Seu Centenário foi comemorado ao longo do ano de 2002 e, além de inúmeros eventos culturais em sua homenagem, várias reedições de sua obra foram feitas com o objetivo de revelar a força de sua poesia para os jovens de hoje. Títulos publicados Fogo-fátuo (1925); Enternecimento (1929); Velário (1936); Prisioneira da noite (1941); O menino poeta (1943); A face lívida (1945), à memória de Mário de Andrade, falecido nesse ano; Flor da morte (1949); Madrinha Lua (1952); Azul profundo (1955); Lírica (1958); Montanha viva (1959); Além da imagem (1963); Nova Lírica ((1971); Belo Horizonte bem querer (1972); O alvo humano (1973); Reverberações (1976); Miradouro e outros poemas (1976); Celebração dos elementos: água, ar, fogo, terra (1977); Pousada do ser (1982) e Poesia Geral (1985), reunião de poemas selecionados pessoalmente pela autora do conjunto de toda a obra, publicada uma semana após o seu falecimento. Publicou também as coletâneas de ensaios Convívio Poético (1955), Vigília Poética (1968) e Vivência Poética (1979). Os poemas que traduziu foram primeiramente reunidos pela Editora da UFMG em Henriqueta Lisboa: Poesia Traduzida. Agora, sua obra está reunida nos três volumes de Henriqueta Lisboa: Obra completa (Poesia, Poesia traduzida e Prosa), publicado em dezembro de 2020 pela Peirópolis. |
Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Mário Quintana fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de várias poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. |
Fernando Paixão é poeta, crítico e editor. Desde 2009, leciona literatura no Instituto de Estudos Brasileiros da usp. Durante sua carreira como editor, organizou Momentos do livro no Brasil (São Paulo: Ática, 1995; prêmio Jabuti). Como crítico, publicou Narciso em sacrifício: A poética de Mário de Sá-Carneiro (São Paulo: Ateliê Editoral, 2003) e Arte da pequena reflexão: Poema em prosa contemporâneo (São Paulo: Iluminuras, 2014). E, como poeta, escreveu Fogo dos rios (São Paulo: Brasiliense, 1989), 25 azulejos (São Paulo: Iluminuras, 1994), Poeira (São Paulo: Ed. 34, 2001), A parte da tarde (São Paulo: Ateliê, 2005), Palavra e rosto (São Paulo: Ateliê, 2010) e Porcelana invisível (São Paulo: Cosac Naify, 2015), que conta com uma apresentação de Alfredo Bosi. |
| ISBN | 9788508088164 |
| Autores | Lisboa, Henriqueta (Autor) ; Paes, José Paulo (Autor) ; Quintana, Mário (Autor) ; Paixão, Fernando (Autor) |
| Editora | Ática |
| Coleção/Serie | Quero Ler |
| Idioma | Português |
| Edição | 1 |
| Ano de edição | 2000 |
| Páginas | 60 |
| Acabamento | Brochura |
| Dimensões | 13,50 X 13,50 |
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