Visoes

Código: 442429 Marca:
R$ 189,00
até 3x de R$ 63,00 sem juros
ou R$ 179,55 via Pix
Adicionar ao carrinho Disponibilidade: 10 dias úteis Aproveite! Resta apenas 1 unidade
    • 1x de R$ 189,00 sem juros
    • 2x de R$ 94,50 sem juros
    • 3x de R$ 63,00 sem juros
  • R$ 179,55 Pix
  • R$ 189,00 Boleto Bancário
* Este prazo de entrega está considerando a disponibilidade do produto + prazo de entrega.

  Talvez o poeta mais original da literatura inglesa, William Blake foi uma espécie de símbolo das manifestações socioculturais dos anos 1960 e 1970. Ao lado da psicologia de Carl Jung e Sigmund Freud, da filosofia e da religião orientais, das experiências da geração beat e do flower-power, via-se em sua poesia a expressão de uma nova era de Aquário, a rejeição de uma ordem mundial fundada no materialismo em detrimento da espiritualidade. Passado meio século, aquelas manifestações são história, ou adquiriram outras formas, mas a ordem mundial permanece, de ponta-cabeça, mais materialista e mais bruta. E a poesia de Blake continua instigante expressão dos valores humanos, ainda mais relevante.



  Visões assinala essa relevância: reúne onze livros que Blake publicou de 1789 a 1795, com os quais procura evidenciar a coerência do essencial da obra e afastar a distorcida percepção de insanidade do autor. Os poemas testemunham a formação e o amadurecimento de sua visão de mundo, num fértil período de quase sete anos, quando na casa dos trinta: aqui o leitor encontra dos poemas líricos das Canções de Inocência e Experiência até o que se convencionou chamar de “profecias menores”.



  O Livro de Thel é o primeiro livro profético menor iluminado, seguido de Canções de Inocência, ambos de 1789. Entre 1790 e 1793, Blake escreveu, gravou e imprimiu O Matrimônio do Céu e do Inferno e Canções de Experiência (posteriormente, combinou as duas Canções num único volume, com o subtítulo “Mostrando os Dois Estados Contrários da Alma”). Visões das Filhas de Álbion, de 1793, é em geral considerado um “estado contrário” de Thel, em que a inocência convive com o desejo sexual. No mesmo ano, Blake publicou América, uma Profecia, tido como seu poema político mais importante.


  A partir de 1794, Blake embarcou na sequência dos poemas-profecias menores, que o prepararam para os maiores (Milton e Jerusalem, escritos e gravados quase ao mesmo tempo entre 1804 e 1820). O primeiro deles é Europa, uma Profecia, uma narrativa política, seguido de O Livro de UrizenA Canção de LosO Livro de Ahania e O Livro de Los, todos de 1795, compõem a “Bíblia do Inferno” prometida em O Matrimônio do Céu e do Inferno: “Possuo também A Bíblia do Inferno, que o mundo há de possuir, quer queira, quer não”.


  Na “Bíblia do Inferno” estão os personagens mitológicos Urizen e Los, cruciais para a mensagem de Blake: Los representa o Poeta e a Imaginação humana; Urizen, a encarnação da razão, o criador de leis tirânicas; ambos em constante conflito. O escritor Anthony Burgess disse com clareza: “A razão, na verdade, é perigosa, assim como é a ciência; se todos nós vivermos num estado de liberdade individual plena, despreocupados com as leis, confiando no poder da percepção e, num nível inferior, no instinto, alcançaremos o céu na terra, que Blake chama de Jerusalém no prefácio de Milton”. Na terminologia blakeana, alcança-se a plenitude espiritual através da imaginação. “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo se mostraria ao homem tal como é: infinito.”


  Pouco lido e ignorado por seus contemporâneos, Blake foi “descoberto” vinte anos após sua morte, em 1827, quando impressões tipográficas dos poemas começaram a aparecer. Mas jamais foi popular, sempre foi controverso, mesmo entre outros poetas. Thomas Stearns Eliot, por exemplo, reconheceu nele uma “honestidade contra a qual o mundo inteiro conspira, porque é desagradável. A poesia de Blake tem o desagrado da grande poesia”. Quase um elogio, porque, para Eliot, essa honestidade era limitada por sua falta de educação literária, o que o tornava um “ingênuo”.


  Blake, concluiu Eliot, tinha “uma notável e original sensibilidade para a língua e a musicalidade da língua, e o dom da visão alucinada. Se estes tivessem sido controlados por um respeito pela razão impessoal, teria sido melhor para ele”. Faltava a seu gênio “uma estrutura de ideias tradicionais e reconhecidas que lhe teriam impedido de entregar-se a uma filosofia própria, e assim concentrasse a atenção nos problemas do poeta. [...] A concentração resultante dessa estrutura de mitologia, teologia e filosofia é uma das razões pelas quais Dante é um clássico, e Blake apenas um poeta de gênio”.


  Eliot falava em defesa das tradições latinas, a seu ver fundamentais para a cultura do Ocidente, ciente de que eram exatamente o que Blake rechaçava — e no entanto, dogmático, deu o veredito. Blake decerto não lhe teria dado ouvidos. “A verdade jamais será dita de modo compreensível sem que nela se creia. Suficiente! ou Demasiado.”


ISBN 9786555190588
Autores Blake, William (Autor) ; Antonio Arantes, José (Tradutor)
Editora Iluminuras
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2020
Páginas 428
Acabamento Brochura
Dimensões 22,50 X 15,50
R$ 189,00
até 3x de R$ 63,00 sem juros
ou R$ 179,55 via Pix
Adicionar ao carrinho Disponibilidade: 10 dias úteis Aproveite! Resta apenas 1 unidade
Pague com
  • Pagali
  • Pix
Selos

MYRE EDITORA, COMERCIALIZADORA, IMPORTADORA E DISTRIBUIDORA LTDA - CNPJ: 50.295.718/0001-20 © Todos os direitos reservados. 2025

Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade